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Na segunda-feira, Brasil terá que continuar funcionando, diz Braga
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (15/4), lamentou a crise política gerada pelo que considera tentativa de “impedimento político” da presidenta da República e alertou para a necessidade de se manter a estabilidade no país. “Tem muita gente que ainda não percebeu: seja qual for o resultado de domingo, na segunda-feira o Brasil amanhecerá e as coisas terão que continuar funcionando (...). Portanto, o que nós temos agora é, com nossa responsabilidade, assegurar a estabilidade, assegurar que o país possa funcionar”, disse Braga.
No setor elétrico, há vários desafios ainda a serem superados e alguns dependem de votação de propostas no Congresso Nacional. Um deles é a Medida Provisória 706, que traz regras para o Sistema Eletrobrás, sem as quais as empresas terão mais dificuldades financeiras. “Nós temos um longo período a caminhar, e temos que fazer isso sem essa coisa do emocional da política partidária. Nós temos que fazer isso com a responsabilidade de quem tem que entregar energia pra população; não pode se permitir que tenhamos um colapso do sistema Eletrobras. Nós temos o desafio do balanço da Eletrobrás, agora com o formulário 20 F, do registro dele na SEC americana”, disse o ministro referindo-se a relatório que precisa ser entregue à Security Exchange Commission, equivalente americana da brasileira Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Tem uma série de questões que precisam ser enfrentadas, e são graves e sérias. A minha responsabilidade nesse momento é de continuar conduzindo (o ministério) até que alguém possa, se for da vontade de quem for presidente, sentar no meu lugar e tocar com a responsabilidade e com a transparência necessária que nós estamos fazendo”, afirmou Braga.
País precisará de remédios amargos, diz ministro
Braga disse que o Brasil vive um grande desafio e precisará de remédios amargos para enfrentá-los. E que isso exigirá coragem dos governantes, a exemplo do que ocorreu no ano passado no próprio ministério que dirige.
“Sinceramente, alguém tem prazer em adotar realismo tarifário? Claro que não. Mas se nós não tivéssemos feito o realismo tarifário , como é que estaria o setor elétrico? Será que nós estaríamos aqui fazendo um balanço tão positivo, como nós estamos fazendo, se nós não tivéssemos tido a coragem de adotar um remédio amargo, com um preço político grande? “
Eleições gerais dependeriam de constituinte exclusiva
Diante de pergunta de jornalista sobre proposta de eleições gerais como solução para a crise política, o ministro descartou essa hipótese, por não acreditar que os parlamentares irão abrir mão de seus mandatos. E para eleição restrita a presidente e vice, seria necessária uma assembleia constituinte exclusiva, proposta que foi apresentada pela presidenta Dilma e o Congresso também rejeitou.
“Para a gente poder ter feito a Reforma Política, que as manifestações de 2013 mostravam ser uma necessidade, nós precisávamos de um grande pacto político, ou de uma Constituinte Exclusiva. Como pacto político num país que vivia e vive um tensionamento entre dois grande blocos partidários? o caminho seria uma constituinte exclusiva. O Congresso não aceitou. Chegaram a propor inclusive um plebiscito, e o Congresso também não aceitou. Então, veja, nós viemos num passo a passo até aqui”, disse.
O ministro elogiou a postura democrática da presidenta Dilma Rousseff diante da crise e disse que seu comportamento é ‘admirável”.
“Não sei quantos estariam tendo um comportamento como ela tá tendo diante de todo esse processo que vem se arrastando – alguns dizem que só há dois anos, mas eu digo que pelo menos de 2013 pra cá”, disse Braga, ressaltando que todos os grupos estão podendo se manifestar e exprimir suas opiniões sem repressão.
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