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TRANSMISSÃO DE DADOS
MME e EPE mapeiam soluções para atender crescente demanda dos Data Centers no Brasil
Foto: alacatr | GettyImages
Usados para armazenar, processar e distribuir dados, os Data Centers têm crescido consideravelmente pelo Brasil, principalmente com o avanço da inteligência artificial. E para conseguir gerir uma grande quantidade de informações, essas instalações consomem valores muito elevados de energia elétrica, principalmente para refrigeração dos equipamentos, requerendo robustas conexões ao sistema de transmissão do país. O MME, atento a essa elevada demanda dos Data Centers, tem realizado estudos de planejamento com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para atender o crescimento previsto.
Dados do MME mostram que a evolução da carga prevista para os Data Centers terá um grande crescimento nos próximos anos, chegando a 2,5 GW até 2037, só considerando novos projetos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará. “Esses estudos, realizados em parceria com a EPE, são de extrema importância para o planejamento do setor elétrico brasileiro, para mitigação de riscos, além de desempenhar um papel fundamental na formulação de políticas baseadas em evidências. O MME está preparando o nosso país para o futuro que, todos nós sabemos, será cada vez mais tecnológico”, destaca o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A tendência é que esse consumo aumente ainda mais com o surgimento de outros projetos e tecnologias, como a mineração de moedas digitais. “Isso tudo exige disponibilidade de energia em 100% do tempo, redundância nos circuitos de conexão à Rede Básica e a presença de geradores de emergência dentro das instalações, devido à importância e do alto valor dos dados que essas instalações movimentam”, detalha o diretor do Departamento de Planejamento e Outorgas de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Interligações Internacionais do MME, Guilherme Zanetti.
Atualmente, existem, em trâmite processual no ministério, 12 projetos de Data Centers relacionados ao acesso desses consumidores à rede de transmissão de energia elétrica do Brasil. Sete deles já estão com portarias emitidas e cinco seguem em elaboração ou análise do Estudo de Mínimo Custo Global (EMCG), que avalia o ponto ótimo de conexão na rede, a partir de critérios técnicos e econômicos.
Com a tendência de aumento significativo nos investimentos digitais nos próximos anos, que vai demandar reforços no suprimento de energia elétrica, ganham importância os esforços do governo para o avanço de índices mínimos de eficiência energética para equipamentos e edificações. O MME publicou em fevereiro de 2024 a Resolução CGIEE nº 1/2024, que traz agenda regulatória relacionada a esse esforço, contribuindo para a preservação das redes elétricas nacionais e para reduzir a pegada de carbono do Brasil.
Segundo o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, o trabalho do MME com a EPE tem permitido adaptar as metodologias e perspectivas de planejamento da expansão do setor elétrico, para fazer frente às novas demandas e tecnologias que vêm surgindo. “O mundo tem aumentado de forma acelerada o volume de dados processados e isso pressiona a demanda por energia. O Brasil, com seu grande potencial de energia limpa e renovável, tem atraído o interesse na implantação de data centers. Esse crescimento está aparecendo de forma nítida no nosso planejamento da transmissão”, finaliza Barral.
Assessoria Especial de Comunicação Social - MME
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