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MME e EPE lançam caderno do PDE 2032 sobre eletromobilidade
MME e EPE lançam caderno do PDE 2032 sobre eletromobilidade
A expansão da eletrificação do transporte rodoviário avança de forma significativa no Brasil. A informação consta do caderno “Eletromobilidade”, lançado, nesta quarta-feira (01/02), pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A publicação, que está no âmbito do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2032, confirma a expectativa de elevação de motorizações alternativas no licenciamento de novos veículos semileves e leves em cerca de 20% para elétricos e 15% para híbridos, em 2032.
Essa ascensão é estimulada por compromissos de governança ambiental, social e corporativa de grandes empresas. Deve-se também às crescentes restrições às emissões de gases de efeito estufa e à circulação de veículos poluentes em áreas urbanas, principalmente nas metrópoles brasileiras.
O ano passado trouxe estatísticas bastante favoráveis ao setor de veículos elétricos brasileiro. As vendas de automóveis leves eletrificados – híbridos e elétricos – aumentou 41% em comparação a 2021, conforme levantamento divulgado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Os licenciamentos de automóveis elétricos privados, porém, devem ser inicialmente limitados aos segmentos de maior renda, em função dos níveis de renda e dos patamares de preços de veículos novos. Para caminhões semipesados e pesados, a significância do peso e do custo das baterias torna a eletrificação mais difícil e onerosa, restringindo sua aplicação para distâncias menores.
A eletrificação de frotas de transporte público de massa também deve ancorar a disseminação da eletrificação em ônibus, elevando as projeções de licenciamentos de veículos elétricos novos para perto de 10% em 2032. A compra de ônibus elétricos à bateria por São Paulo, São José dos Campos e Salvador fundamentam essa projeção.
A eletrificação ainda enfrenta barreiras significativas no curto prazo, em função do preço de aquisição dos ônibus e da infraestrutura de carregamento. Isso acaba por restringir o número de municípios propensos a adotar essa tecnologia.
Cenário internacional e o biocombustível brasileiro
O caderno também realiza uma abordagem do contexto internacional, explicando como subsídios governamentais e investimentos públicos e privados em veículos e redes de carregamento estão promovendo a expansão da eletrificação, especialmente nos EUA, na Europa e na China.
A publicação mostra que o Brasil, por outro lado, não tem metas específicas para eletrificação, por não estar sujeito às mesmas pressões para eletrificar rapidamente sua frota. Além de ser pouco dependente de importações de energia, o País, na sua vocação para a produção de energias renováveis, possui uma infraestrutura consolidada para produzir e distribuir biocombustíveis.
Os recursos para subsidiar veículos elétricos disputam espaço com outras medidas para promoção de crescimento e distribuição de renda. O MME continua implementando medidas para desenvolvimento da eficiência e de incremento no uso de combustíveis sustentáveis de baixa intensidade de carbono, com destaque para os biocombustíveis. Nessa direção estão os programas Rota 2030 e Combustível do Futuro.
Acesse aqui o caderno "Eletromobilidade".
Assessoria de Comunicação Social