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COMBUSTÍVEL DO FUTURO
MME apresenta análise do ciclo de vida "do poço à roda" em audiência na Câmara
Marina Ramos/Câmara dos Deputados
O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, apresentou, na Comissão de Minas e Energia e Comissão Especial de Transição Energética, como se dará a implementação da metodologia de análise do ciclo de vida dos combustíveis "do poço à roda". Durante a audiência pública, realizada na tarde desta segunda-feira (13/11), o secretário demonstrou como o estudo impacta as políticas públicas de mobilidade e detalhou o modelo no âmbito do RenovaBio e do Projeto de Lei do Programa Combustível do Futuro.
"A análise do ciclo de vida é um instrumento muito importante do RenovaBio. Hoje, cada usina que produz biocombustível tem todo o seu processo produtivo avaliado para fins de intensidade de carbono e da nota de eficiência energética ambiental e comparando com a intensidade do combustível fóssil e a partir dessa diferença são emitidos os créditos de descarbonização (CBIO), em que cada CBIO equivale a uma tonelada de carbono evitada na atmosfera. O Combustível do Futuro aborda, também, a etapa de geração da energia. A gente não pode olhar somente a geração da energia naquele veículo, mas como aquela energia foi produzida", destacou o secretário.
O setor de biocombustíveis brasileiro é bastante diversificado, gera empregos qualificados, promove a atração de investimentos e inovação. As energias renováveis ajudam no combate às mudanças climáticas e são instrumentos para o desenvolvimento regional, econômico, social e ambiental do Brasil. Além disso, são fundamentais para a segurança energética e alimentar nacional, pois a cadeia produtiva pode não só resultar no produto final, que pode ser etanol ou biodiesel, mas em resíduos de alto valor energético, usados como biomassa ou na produção de biometano. Esses resíduos podem, ainda, servir de matéria-prima para a produção de ração animal.
Em sua apresentação, Mendes reforçou o papel do país como líder em transição energética. O Brasil foi indicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das lideranças no Diálogo de Alto Nível em Energia. O Governo Brasileiro apresentou dois pactos energéticos governamentais: biocombustíveis e hidrogênio; e as contribuições para acelerar o cumprimento das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7.
A ferramenta que contabiliza a intensidade de carbono de um biocombustível, RenovaCalc, também foi objeto da demonstração. O mecanismo leva em conta as etapas agrícola, industrial, de distribuição e uso, comparando o biocombustível à opção fóssil substituta.
Assessoria Especial de Comunicação Social