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Ministro destaca a evolução da matriz elétrica brasileira à imprensa internacional
Ministro destaca a evolução da matriz elétrica brasileira à imprensa internacional
Em entrevista com jornalistas estrangeiros, o ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque reafirmou, nesta quinta-feira (08/07), que, mesmo diante da escassez hídrica que o País atravessa, o racionamento de energia está descartado. O encontro “Oportunidades e Desafios do Setor de Minas e Energia” teve a participação dos principais veículos de mídia internacionais e foi apresentado pelo jornalista Sergio Caringi e mediado por George Vidor. As boas-vindas foram dadas pelo presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Trados, uma das entidades apoiadoras do evento.
Bento Albuquerque apresentou avanços obtidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME) ao longo dos últimos anos, como o fato de o Brasil ser o 7º maior produtor e exportador de petróleo do mundo, o 2º maior produtor e mercado consumidor de biocombustíveis e o 4º maior mercado de combustíveis automotivo. E lembrou que o País possui a 7ª maior posição em capacidade instalada e é o 2º maior em geração hidrelétrica do mundo.
O ministro foi questionado sobre a mineração e o garimpo em terras indígenas, a escassez hídrica e a capitalização da Eletrobras. “Nada pior para o meio ambiente do que uma atividade ilegal, e nada melhor do que uma atividade legal, regulamentada”, respondeu. Ele garantiu que o problema tem sido conduzido de forma transparente pelo Governo Federal, que desde 2020 vem tratando o tema com o Congresso Nacional ao apresentar projeto de lei para a regulamentação das atividades de garimpo, com vistas a combater a ilegalidade e preservar o direito dos povos indígenas.
“Estamos ouvindo as comunidades indígenas dessas regiões, umas não querem, outras querem, e cabe ao Congresso Nacional regulamentar”, afirmou. “As comunidades indígenas continuarão a ser escutadas. Mas é importante lembrar que o patrimônio nacional pertence à sociedade brasileira e é dessa forma que é considerado”, ponderou Albuquerque.
Em sua apresentação, Bento Albuquerque também falou sobre os pilares da política energética e mineral, e, no campo da sustentabilidade, lembrou que o Brasil possui uma das matrizes mais limpas do planeta, com 85% de fontes renováveis, contra apenas 28% no restante do mundo. “Não por acaso fomos convidados para participar no Diálogo de Alto Nível das Nações Unidas, em setembro próximo, no qual iremos apresentar todos os nossos programas e estudos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas”, acrescentou.
Em relação à escassez hídrica, o ministro esclareceu que o problema ocorre não só no Brasil mas também em outros países e que, certamente, está relacionado às mudanças climáticas em todo o mundo. Questionado sobre a possibilidade de falta energia e a diferença entre os dias atuais e o período de 2001, Albuquerque disse que a dependência dos reservatórios chegava a 85% e hoje é de 61%, e a matriz energética, que não era tão diversificada em termos de energia solar, biomassa, nuclear, entre outras. O ministro também apontou a evolução das linhas de transmissão. “Naquela época, só tínhamos 70 mil km de linhas de transmissão e, hoje, temos 170 mil km . Hoje o nosso sistema é mais interligado e muito mais seguro”.
Ao abordar a capitalização da Eletrobras, Bento Albuquerque afirmou que a capitalização renderá cerca de R$ 62 bilhões, sendo quase R$ 26 bilhões para reduzir encargos que encarecem as contas de luz, outros R$ 26 bilhões irão para o governo e R$ 11 bilhões para programas de revitalização de bacias de rios e reservatórios no Norte, Nordeste e Sudeste, para o programa de integração da Bacia do Rio São Francisco e para a região Norte do País, onde os sistemas isolados serão eliminados com energia renovável, além da redução das tarifas de energia elétrica, entre 6 a 7%.
O ministro destacou o leilão dos Volumes Excedentes da Cessão Onerosa e o segundo maior leilão de petróleo e gás dos campos de Sépia e Atapu, que irão gerar investimentos da ordem de R$ 200 bilhões e bônus de assinatura de R$ 11,1 bilhões, além da 17ª Rodada de Concessão e o leilão de Oferta Permanente no final do ano.
Bento Albuquerque falou também das ações no setor de mineração, os investimentos, os leilões realizados e os programados para 2022. “O Brasil aumentou a sua produção mineral em 15% em 2020 e o minério de ferro, hoje, já ultrapassou a soja e assume o primeiro item na balança de exportações brasileira”, realçou o ministro.
Por fim, o ministro destacou que o Congresso Nacional tem sido fundamental na implementação das reformas setoriais e que o governo continuará trabalhando fortemente para melhorar o ambiente de negócios no País. “Vamos implementá-lo e incrementá-lo nos próximos anos”, garantiu.
Assista à íntegra do encontro no vídeo abaixo:
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