Minério de ferro, calcário e brita são alguns dos materiais utilizados na construção de uma hidrelétrica

Da barragem até a sua casa, os minerais são elementos fundamentais para que a energia percorra esse caminho. No primeiro conteúdo da série explicativa sobre as fontes de energia renovável, lançada nesta segunda-feira (9/10) pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a pasta explicou sobre o funcionamento das usinas hidrelétricas e como a força das águas dos rios se transformam na energia que utilizamos no cotidiano. Clique aqui e leia o material. Agora, o MME vai te mostrar como a mineração é fundamental em todos as etapas deste processo.

Para a construção da barragem, o concreto é imprescindível. O material é composto por água, cimento e agregados. O cimento, em si, já utiliza o calcário, a argila e o gesso como insumos. Segundo estudos do mercado, a adição de minerais no cimento pode chegar a 60%. A massa é a mais utilizada na construção civil e tem o objetivo de unir todas as matérias-primas para a construção de uma casa, um prédio, uma calçada ou, nesse caso, uma hidrelétrica. Ele une, ainda, elementos como o ferro e a brita – composta por vários tipos de rocha, como o basalto, o granito, o calcário, entre outros – utilizados para construir a barragem.

Saindo da barragem, a água vai para as turbinas que são constituídas, em sua maioria, por metais obtidos de minérios. O aço é utilizado nas pás, eixos, carcaças e componentes estruturais devido à sua resistência mecânica e durabilidade. Nas turbinas de ocorrência, o alumínio é muito comum por ser um material leve e resistente à corrosão. Nos enrolamentos de geradores acoplados, essenciais para a geração da energia elétrica, o cobre é usado com frequência.

Além desses, o ferro fundido pode ser a matéria-prima para certos tipos de turbina, devido à sua resistência e capacidade de moldagem. Para a fabricação das ligas especiais, minerais como o níquel, cromo e molibdênio são utilizados por melhorar a resistência à corrosão e ao desgaste. Em caso de turbinas em ambientes aquáticos, o titânio é importante, já que o elemento atrasa a corrosão. Vale lembrar que dependendo do tipo de turbina, outros materiais são comumente utilizados, como o bronze, aço carbono, fibras de carbono entre outros. 

Os números desses minerais no território brasileiro são expressivos. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o país tem uma reserva de 11,2 milhões de toneladas de cobre e 2,7 bilhões de toneladas de bauxita – minério base do alumínio. A capacidade anual de produção do aço no Brasil é de 51 milhões de toneladas, sendo que em 2021, o país foi o 9º maior produtor de aço no mundo, com um total de 36 milhões de toneladas. A reserva de níquel brasileira corresponde a 16% do total mundial, com 16 milhões de toneladas.

Ao sair da hidrelétrica, a energia é encaminhada às subestações, que convertem a voltagem da eletricidade para que, ao chegar nas casas, ela esteja compatível com a necessidades domésticas. As linhas de transmissão conduzem a energia, por meio de cabos de alumínio e cobre, em todo o processo.

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Podemos perceber que os minerais estão presentes em todos os setores do dia a dia das brasileiras e brasileiros. Além disso, com as grandes reservas, o Brasil tem o potencial de ser um grande fornecedor mundial dessas matérias-primas.

A mineração é responsável por 4% do PIB brasileiro, movimentando mais de R$ 85 bilhões ao ano, além de gerar mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos. O setor é importante para o desenvolvimento das regiões onde está inserido, crescimento da representatividade do Brasil perante o mundo quanto às reservas de minerais e impulsionamento da industrialização nacional.

Assessoria Especial de Comunicação Social

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