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ENERGIAS DA AMAZÔNIA
Leilão do Sisol traz inovações, como a previsão de hibridização de usinas e a precificação de carbono
- Foto: Arte MME
O leilão dos Sistemas Isolados (Sisol) anunciado, no final do ano passado, pelo ministro Alexandre Silveira, será o primeiro leilão com base nas diretrizes do Programa Energias da Amazônia (PEAM). O certame traz a novidade da previsão de obrigatoriedade de 22% de energias renováveis nas propostas a serem apresentadas, medida alinhada às metas estipuladas pelo programa criado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
A previsão é que o certame seja realizado no primeiro semestre de 2025 com investimentos estimados em R$ 452 milhões. O leilão será dividido em três lotes e a expectativa do MME com a medida é contratar 49 megawatts (MW) para atendimento de 169 mil pessoas em dez localidades da Amazônia Legal, sendo inicialmente uma no estado do Pará e nove no Amazonas.
“O leilão visa contribuir com uma transição energética em localidades isoladas da Amazônia Legal, trazendo maior confiabilidade e segurança no suprimento de energia para os moradores com a hibridização. Além de garantir maior sustentabilidade, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa na região”, destacou a diretora de Transição Energética do MME, Karina Sousa.
Além disso, outras duas exigências estipulam que os empreendimentos com soluções renováveis precisam emitir menos CO2. Com isso, eles vão ter uma bonificação no preço de classificação das propostas de R$ 150 por tCO2eq (unidade de medida que significa tonelada equivalente de dióxido de carbono). A outra medida é que as propostas deverão contemplar um plano logístico para atendimentos de energia elétrica às comunidades isoladas em períodos de extrema seca. As empresas vencedoras deverão concluir as obras até dezembro de 2027.
Energias da Amazônia
O programa Energias da Amazônia visa beneficiar as 3,1 milhões de pessoas atendidas pelos chamados sistemas isolados, que não fazem parte do Sistema Interligado Nacional (SIN). Entre os benefícios previstos com a iniciativa, está a redução no uso de diesel na geração elétrica desses locais, contribuindo com a descarbonização da região amazônica e redução da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
Até 2030, o PEAM tem o objetivo de fortalecer as sinergias entre políticas públicas, além do arcabouço regulatório, conclusão de obras de interligações e operação de usinas híbridas contratadas no leilão 2025. Os Sistemas Isolados no Brasil fornecem energia elétrica para consumidores nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, além da Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco.
Assessoria Especial de Comunicação Social - MME
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