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MINERAIS ESTRATÉGICOS
Fósforo: elemento estratégico para a segurança alimentar nacional
O Ministério de Minas e Energia (MME) vem destacar a relevância dos minerais estratégicos com ênfase nos minerais de fósforo, a exemplo da apatita e da fosforita. Esses minerais são as principais fontes de fósforo, e dado ao seu uso podem ser categorizados como insumos agrícolas ou minerais industriais (demais usos).
O fósforo é considerado fundamental para a garantia da segurança alimentar brasileira, visto que é amplamente utilizado na produção de fertilizantes, que são misturas de macronutrientes conhecidas como NPK, que visam suprir as deficiências do solo. Esses macronutrientes primários utilizados são: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K). A atual dependência externa em nutrientes de fósforo (P2O5) é de cerca de 70%.
Como o fósforo não é encontrado em sua forma nativa na natureza, ele é obtido de fontes secundárias. Os depósitos sedimentares e os depósitos de origem ígnea (alcalina) são os mais significativos do ponto de vista econômico. No entanto, também podem existir aqueles de origem biogenética, compostos por concentrações orgânicas nitrogenadas provenientes dos dejetos de aves, embora tenham uma importância econômica menor.
Um dos processos mais comuns para a obtenção do fósforo, é a acidulação, que consiste no tratamento da rocha fosfática com ácido sulfúrico, obtido do processamento do enxofre, para produzir o ácido fosfórico, o qual é aplicado extensivamente em fertilizantes fosfatados intermediários. O minério de fósforo/fosfato pode ser processado de forma mínima e estar pronto para aplicação direta no plantio de diversas cultura. Nesse caso sua aplicação direta evita o processo tradicional de acidificação úmida provocado pelos fertilizantes tradicionais, podendo ser utilizado na agricultura orgânica, por ser um fosfato natural.
De acordo com os dados do Plano Nacional de Fertilizantes, de 2023, as reservas oficiais brasileiras (medidas + indicadas) são da ordem de 5,2 bilhões de toneladas, correspondendo a 460 milhões de toneladas de pentóxido de fósforo (P2O5) contido. A reserva lavrável (aproveitável economicamente) é de 2,9 bilhões de toneladas (com teor médio em torno de 10%), compreendendo 317 milhões de toneladas de P2O5 contido. A produção brasileira não supre a demanda nacional por fertilizantes fosfatados, o que impõe a necessidade de importação.
Como já havia feito anteriormente para mineralizações de fosfato de origem ígnea, o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) promoveu nos últimos anos estudos que visaram ampliar o conhecimento geológico das mineralizações de fosfato em bacias sedimentares. Dentre esses, se destaca o projeto “Avaliação do Potencial do Fosfato no Brasil: Investigação na formação de Jandaíra, Bacia Potiguar, Municípios de Areia Branca e Guamaré, no estado do Rio Grande do Norte”, o qual apresenta nos resultados obtidos a presença de níveis mineralizados em fosfato na região.
O fósforo é utilizado também para confecção de fósforos de segurança, pirotecnia, pastas de dente, detergente, pesticidas, entre outros. Além disso, pode ser usado ainda como matéria-prima para a fabricação de bombas de efeito moral e em aplicações militares, a partir de sua forma mais reativa, o fósforo branco, obtido também de minerais fosfatados.
Para atender a crescente demanda dessas aplicações, em 2024, juntamente com o Plano Nacional de Fertilizantes, o MME e o Governo Federal têm o objetivo de impulsionar ainda mais a expansão do conhecimento geológico sobre o elemento, além defomentar o setor, da extração à produção do minério, visando fornecer suporte sólido à agricultura nacional.
Assessoria Especial de Comunicação Social do MME
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