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Eletrobras inaugura centro de controle unificado de suas distribuidoras
A Eletrobrás inaugurou nesta terça-feira (26/4), em Brasília, o Centro de Inteligência de Medição, conectado às suas distribuidoras que atuam em seis estados. Com o sistema, até o ano que vem, a empresa controlará em tempo real o consumo de dois terços dos clientes dessas empresas, por meio de 150 mil medidores inteligentes que enviarão as informações em tempo real. O sistema já está em operação e até maio deste ano já atingirá todos os consumidores de alta tensão dessas distribuidoras.
A implantação do sistema começou em maio de 2011, como parte do programa “Energia +”, financiado pelo Banco Mundial com o objetivo de melhorar o desempenho financeiro, operacional, e a gestão comercial das empresas da Eletrobrás. O investimento no programa é de US$ 700 milhões, dos quais US$ 495 milhões são aportados pelo BIRD e US$ 204 milhões pela Eletrobrás.
O sistema amplia a utilização da tecnologia da informação no setor elétrico, já no conceito de S
mart Grid
, em uma dimensão inédita no Brasil. Tecnologia semelhante está sendo desenvolvida também por distribuidoras privadas, mas nenhuma delas com a extensão dos desafios enfrentados pela Eletrobrás e seus parceiros tecnológicos, devido à extensão das redes, que exige soluções específicas até para as telecomunicações exigidas pelo sistema. Boa parte das redes está na região amazônica.
Para os usuários, uma das vantagens iniciais é a melhoria na qualidade dos serviços, pois deverá haver redução de desligamentos, já que o controlador do sistema é alertado com mais rapidez sobre problemas. E também há possibilidade de religação automática das redes, em caso de falha.
O sistema também inicia a preparação das distribuidoras da Eletrobras para a ampliação do uso da geração distribuída, principalmente a solar fotovoltaica, que é uma política de governo. Na experiência internacional, o fato de os consumidores serem também produtores de energia exige ajustes nos sistemas das distribuidoras, já que os fluxos de energia podem mudar sem aviso prévio.
O presidente da Eletrobrás, José da Costa, destacou os ganhos financeiros potenciais para a Eletrobras com o novo sistema, pois atualmente há perdas técnicas e comerciais (os chamados “gatos”) estimadas entre R$ 600 milhões e R$ 1 bilhão por ano. Esses volumes superam os limites que a regulação do setor considera como inevitáveis e, portanto, passíveis de remuneração. “É fundamental a redução dessas perdas ao nível regulatório; e depois, temos também a melhoria da qualidade dos serviços”, argumentou Costa. Dos 4 milhões de clientes das distribuidoras, 150 mil representam os dois terços da energia consumida.
O Centro de Inteligência de Medição faz a coleta e processamento remoto das informações das empresas de Acre (Eletrobras Distribuição Acre, ex-Eletroacre); Alagoas (Eletrobras Distribuição Alagoas, ex-Ceal); Amazonas (Eletrobras Distribuição Amazonas); Piauí (Eletrobras Distribuição Piauí, ex-Cepisa); Rondônia (Eletrobras Distribuição Rondônia, ex-Ceron); e Roraima (Eletrobras Distribuição Roraima). A empresa de Goiás (CELG) não está incluída, pois está em processo de privatização.
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