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SÉRIE ESPECIAL
Da Mineração à Mesa: entenda como insumos minerais e seus resíduos podem gerar soluções sustentáveis para o solo
Arte/MME
Destacar o papel promissor dos remineralizadores e agrominerais silicáticos, produtos derivados de rochas, minérios e minerais, que têm o potencial de transformar a agricultura moderna é o tema do último conteúdo da série "Da Mineração à Mesa", desenvolvida pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e divulgado nesta sexta-feira (22/11). Antes, a Pasta explicou a relação da segurança alimentar com a mineração e as oportunidades para o Brasil em relação à produção de fertilizantes, essenciais para o cultivo de alimentos em grande escala.
Nos últimos anos, a mineração tem avançado para enfrentar desafios ambientais e econômicos, indo além da extração de minerais essenciais para a fertilização dos solos. Uma das inovações mais notáveis é o uso de remineralizadores e agrominerais silicáticos, que aproveitam resíduos da mineração e fontes geológicas para enriquecer o solo. Esses materiais não apenas promovem a sustentabilidade nas práticas agrícolas e minerais, mas também melhoram a qualidade dos solos e das culturas.
"Quando falamos de remineralizadores e agrominerais silicáticos apresentamos uma fronteira promissora na integração entre mineração e agricultura. Utilizar produtos derivados de rochas e minerais para enriquecer o solo, impulsiona a sustentabilidade no setor agrícola, amplia a produtividade e melhora a qualidade das culturas. Esta inovação destaca o papel fundamental da mineração na segurança alimentar do Brasil, porque reforça a nossa capacidade de produzir alimentos de forma mais eficiente e com menor impacto ambiental. Assim seguimos alinhados com as necessidades globais de uma agricultura moderna e responsável”, ressalta o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Os remineralizadores que vêm de resíduos de mineração, são subprodutos do processo de extração e beneficiamento de minerais. Embora muitas vezes considerados rejeitos, esses resíduos contêm minerais que, quando tratados e processados corretamente, podem enriquecer o solo de maneira eficaz. Ao serem transformados em pós finos, esses remineralizadores liberam lentamente macro e micronutrientes minerais, que se ajustam às necessidades das plantas evitando desperdícios.
O uso desses insumos naturais abre novas oportunidades para a pesquisa geológica e para o aproveitamento econômico de recursos regionais. No setor mineral, isso cria oportunidades para utilizar subprodutos e resíduos de maneira produtiva. Alguns dos principais tipos de subprodutos e resíduos utilizados são:
● De mineração: alguns resíduos gerados podem conter nutrientes minerais como cálcio, magnésio, sílica e eventualmente fósforo e potássio, que são essenciais para o crescimento das plantas;
● De cinzas e escórias: provenientes de processos industriais de mineração, esses materiais frequentemente contêm elementos como sílica e alumínio, úteis para a correção do solo;
● De subprodutos de pedreiras: gerados durante a produção de agregados para a construção civil, especialmente o material fino de rochas silicáticas, que é pouco utilizado.
Para se tornarem eficazes, esses resíduos passam por um processo de moagem e trituração que cria um pó fino, facilitando a liberação dos nutrientes no solo. Os remineralizadores são insumos naturais, não passam por tratamentos químicos e são aplicados diretamente no solo, atendendo às necessidades da plantação e das características do solo. A regulamentação do uso de remineralizadores no Brasil é feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Além de fornecer nutrientes essenciais, o uso de remineralizadores e agrominerais silicáticos contribui para uma prática agrícola mais sustentável e eficiente. Isso é um passo importante em direção a práticas agrícolas que respeitam o meio ambiente e garantem a saúde do solo a longo prazo.
A mineração sustentável se reinventa para atender às necessidades e pressões do setor, e o uso de resíduos minerais como insumos para a agricultura é uma resposta inovadora. O MME incentiva essa abordagem para minimizar o impacto ambiental dos rejeitos e promover a saúde dos solos, a qualidade e a produtividade das culturas.
Para o Ministério, é essencial pontuar que a mineração não é apenas fundamental para a produção de fertilizantes, mas também para a inovação em técnicas de enriquecimento do solo, de modo a garantir um futuro mais nutritivo e sustentável para todos.
Acompanhe os outros conteúdos da série:
Da Mineração à Mesa: a importância da mineração para a segurança alimentar
Da Mineração à Mesa: reservas de matérias-primas podem ampliar a produção de fertilizantes no Brasil