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CMSE: quase 40% da capacidade instalada prevista para o ano já entrou em operação
Com a entrada em operação de 2.521 MW de energia elétrica neste ano, de janeiro ao começo de junho, quase 40% da capacidade instalada nova prevista para 2015 já foi incluída no Sistema Integrado Nacional (SIN). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (10/06), em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Para 2015, a meta é que entrem em operação 6.410 MW.
Desde a reunião anterior do colegiado, em maio, começaram a operar 425 MW, contribuindo para a segurança energética do País. Atualmente, há sobra estrutural de cerca de 8.213 MW médios para atender a carga prevista no SIN, de acordo com a projeção de demanda de energia.
Em junho, de acordo com o CMSE, o risco de faltar energia no País é zero, considerando-se o acionamento de todas as usinas térmicas, conforme o critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Veja abaixo a nota informativa divulgada pelo CMSE:
Nota Informativa de 10 de junho de 2015
O sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações, considerando-se tanto o critério probabilístico (riscos anuais de déficit), como as análises com as séries históricas de vazões, para o atendimento da carga prevista para 2015, de 65.179 MW médios de energia [i] .
O Sistema Interligado Nacional – SIN, dispõe das condições estruturais para o abastecimento do País, embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tenham enfrentado uma situação climática desfavorável. Considerando o risco de déficit de 5%, conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, há sobra estrutural de cerca de 8.213 MW médios para atender a carga prevista, valor esse atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses e a projeção de demanda. Em 2015, entraram em operação 2.521 MW do total de 6.410 MW de capacidade de geração previstos, dos quais 425 MW desde a última reunião deste Comitê, conforme listado a seguir [ii] :
Segundo informações do CEMADEN e INPE/CPTEC, no mês de maio de 2015, de maneira geral, as chuvas foram aproximadamente normais nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, havendo somente algumas pequenas variações regionais em relação à média histórica. Entre as mais destacadas aparece uma área de chuvas acima da climatologia no oeste de Goiás e no centro-norte do Mato Grosso. Na região Norte choveu abaixo do normal na maior parte da região, com exceção do extremo sul e oeste do Amazonas. Na região Nordeste choveu próximo à média histórica na porção centro-sul, incluindo a Bahia, e abaixo do normal no norte do semiárido. Assim, as afluências verificadas em maio foram 100%, 60%, 79% e 110% da média histórica nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, respectivamente.
Considerando a configuração do sistema do Programa Mensal de Operação – PMO, de junho de 2015, e simulando-se o desempenho do sistema utilizando as 82 séries de energias afluentes observadas no histórico [iii] , considerando o despacho das térmicas por ordem de mérito, obtêm-se valores para o risco de qualquer déficit de energia iguais a 2,4% e 0,0% respectivamente para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste [iv] . Considerando, agora, o despacho pleno das térmicas em 2015, os valores para o risco de qualquer déficit de energia passam para 0,0% nas duas regiões. Com base nas análises efetuadas, observa-se que as condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional melhoraram em relação ao mês anterior.
Mesmo com o sistema em equilíbrio estrutural, ações conjunturais específicas podem ser necessárias, em função da distribuição espacial dos volumes armazenados, cabendo ao Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como aquelas adotadas em 2014, buscando preservar os estoques nos principais reservatórios de cabeceira do SIN.
Além das análises apresentadas, outras avaliações de desempenho do sistema, utilizando-se o valor esperado das afluências e anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, não indicam, no momento, insuficiência de suprimento energético neste ano.
O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País.
Ministério de Minas e Energia – MME
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE
Empresa de Pesquisa Energética – EPE
Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL (convidado).
[i] Valor atualizado conforme sistemática vigente de revisão quadrimestral pela EPE/ONS (1 a Revisão Quadrimestral das Projeções da Demanda de Energia Elétrica do Sistema Interligado Nacional, Nota Técnica EPE/ONS, Maio de 2015).
[ii] Os parques eólicos Lanchinha (28MW) e Pelado (20MW) foram retirados desta lista pois não estão em operação comercial.
[iii] Conforme recomendado no documento “Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação - PMO de Março - Semana Operativa de 01/03/2014 a 07/03/2014, de 28/02/2014” e também utilizado como critério na elaboração do Planejamento Anual da Operação Energética – PEN.
[iv] Simulando-se o desempenho do sistema por meio de 2.000 séries sintéticas de afluências e considerando o despacho das térmicas por ordem de mérito, encontram-se valores para o risco de qualquer déficit de energia iguais a 5,6% e 2,0% respectivamente para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente. Considerando, agora, o despacho pleno das térmicas em 2015, os valores para o risco de qualquer déficit de energia passam para 2,1% e 0,6% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente.
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