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ENERGIA ELÉTRICA
CMSE destaca boas perspectivas para o setor elétrico brasileiro
Reunião desta quarta-feira (08/02) foi a primeira de 2023 e reuniu pautas referentes aos meses de janeiro e fevereiro - Foto: Tauan Alencar/MME
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reuniu, nesta quarta-feira (08/02), para a realização de suas 273ª e 274ª reuniões, referentes aos encontros ordinários dos meses de janeiro e fevereiro de 2023. Os encontros representam a continuidade dos relevantes trabalhos desempenhados pelo CMSE sob a presidência, pela primeira vez, do Ministro Alexandre Silveira. Em sua fala, o Ministro destacou a importância de que o setor elétrico trabalhe com empenho para conciliar os importantes pilares de segurança energética e modicidade tarifaria, de maneira a impulsionar o crescimento econômico brasileiro e o desenvolvimento do País.
Na 273ª reunião (Ordinária), o CMSE apreciou apresentação, realizada pela Secretaria de Energia Elétrica (SEE/MME), do balanço das ações do Comitê ao longo do ano 2022 e o cumprimento das deliberações emanadas pelo CMSE, que já foram, em sua maioria, concluídas.
Na 274ª reunião (Ordinária), por sua vez, o CMSE avaliou as condições de suprimento eletroenergético ao Sistema Elétrico Brasileiro. Conforme destacado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o mês de janeiro de 2023 finalizou com as melhores condições de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN) dos últimos 11 anos, tendo sido registrado, para os subsistemas, os patamares de 69,8% no Sudeste/Centro-Oeste, 86,9% no Sul, 75,7% no Nordeste e 89,3% no Norte, o que contribuirá para o cumprimento dos objetivos de segurança do atendimento e modicidade tarifária nos próximos meses.
Como consequência da elevada disponibilidade de recursos energéticos, foi mencionada a verificação, no último mês, de excedentes de energia e vertimentos em todos os subsistemas. Nesse cenário, foi viabilizada, pela primeira vez, a exportação comercial de energia elétrica do Brasil para a Argentina e para o Uruguai a partir de excedentes hidrelétricos. Além disso, foi informado que as bacias dos rios São Francisco e Grande permanecem com operação em condição de cheia, conforme diretrizes adotadas em prol da gestão dos usos múltiplos das águas e da devida segurança à população.
Em relação aos estudos prospectivos, que contemplaram avaliações estendidas até o final de julho, o ONS registrou a indicação de pleno atendimento tanto em termos de energia quanto de potência em todo o período, com perspectiva de atingimento dos maiores níveis de armazenamento dos últimos anos ao final do período tipicamente úmido (abril/2023).
Por fim, dentre outros temas, foram avaliadas as medidas adotadas pelas instituições setoriais, em parceria com órgãos e agentes, com vistas ao enfrentamento dos atos de vandalismos em infraestruturas de energia elétrica, ocorridas com significativa frequência em 2023. Nesse sentido, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) destacou as ações conduzidas pelo setor elétrico junto a agentes dos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, que contemplaram atividades relacionadas, por exemplo, às inspeções nas instalações estratégicas, à operacionalização de planos de contingência e ao aprimoramento da comunicação junto à Agência.
Sobre o assunto, o ONS destacou também que a operação do SIN se manteve robusta mesmo diante das quedas de torres de transmissão verificadas, sem que houvesse interrupção do fornecimento de energia elétrica para os consumidores brasileiros.
Informações Técnicas:
Condições Hidrometeorológicas: em janeiro, os maiores totais de precipitação ocorreram nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, alto São Francisco e no trecho incremental à UHE Itaipu. Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), foram verificados valores acima da média histórica em todos os subsistemas, com exceção do subsistema Sul. Considerando a ENA agregada do Sistema Interligado Nacional (SIN), foi verificado valor de 117% da Média de Longo Termo (MLT). Para dezembro, e conforme estudos prospectivos apresentados na reunião, há a expectativa de valores de ENA para o SIN entre 89% e 101% da MLT, a depender do cenário considerado.
Energia Armazenada: ao final de janeiro, foram verificados armazenamentos equivalentes 69,8%, 86,8%, 75,7% e 89,4% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN, o armazenamento ao final de janeiro foi de 73,1%. A previsão para final de fevereiro de 2023 no subsistema SE/CO, conforme estudos prospectivos apresentados, varia entre 77,8% e 78,4% da EARmáx. Para o SIN, a previsão varia entre 80,5% e 80,7% da EARmáx.
Expansão da Geração e Transmissão: a expansão verificada em 2022 foi de 8.243 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, 7.850 MW de geração distribuída, 9.217 km de linhas de transmissão e 23.707 MVA de capacidade de transformação. Em janeiro de 2023, foi observada a implantação de aproximadamente[1] 1.274 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 864 MW de geração distribuída, 455 km de linhas de transmissão e 1.866 MVA de capacidade de transformação. Para 2023, há perspectiva de aumento de 10.303 MW de geração centralizada, 6.661 km de linhas de transmissão e 24.106 de capacidade de transformação.
O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País, adotando as medidas para a garantia do suprimento de energia elétrica. As definições finais sobre a reunião do CMSE de hoje serão consolidadas em ata devidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento.
Confira as fotos da primeira reunião do CMSE de 2023
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
[1] Os valores relacionados à expansão verificada são consolidados com as demais instituições setoriais e refletidos nas informações apresentadas ao CMSE.