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ENERGIA ELÉTRICA
CMSE avalia condições de suprimento de energia e perspectivas de atendimento ao País
CMSE avalia condições de suprimento de energia e perspectivas de atendimento ao País - Foto: Bruno Spada/MME
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) reuniu-se nesta quinta-feira (06/10), em caráter ordinário, e avaliou, dentre outros assuntos, as condições de suprimento eletroenergético ao Sistema Elétrico Brasileiro.
Conforme destacado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em setembro de 2022, houve aumento das chuvas no País, conforme comportamento típico para a transição do período seco para o úmido. Em termos de armazenamentos equivalentes, todos os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN) finalizaram o mês com valores superiores aos de 2021, o que fortalece a segurança do atendimento nos próximos meses.
O Operador destacou também que o aumento dos recursos de geração hidrelétrica, eólica e solar, aliado à política operativa adotada, levou o armazenamento equivalente do SIN ao final do mês de setembro de 2022 a cerca de 1,7 ponto percentual acima do previsto no estudo prospectivo apresentado ao CMSE em setembro, considerando o cenário mais favorável.
Relativo às perspectivas de atendimento para os próximos meses, o ONS registrou que os estudos prospectivos, que contemplam avaliações estendidas até o final de março de 2023, indicam o pleno atendimento tanto em termos de energia quanto de potência em todo o período, com perspectivas de níveis de armazenamento superiores aos verificados no último ano. Foi também mencionado o início da operacionalização do programa de Resposta da Demanda em 1º de outubro de 2022, fazendo com que a operação do sistema passe a contar com recursos energéticos dos consumidores de energia elétrica para atendimento à ponta de carga.
Por fim, dentre outros assuntos, a Aneel apresentou avaliação sobre a operação das usinas vencedoras do Leilão nº 1/2019 para atendimento ao sistema de Boa Vista (Roraima). O tema permanece sendo acompanhado pelas instituições do setor elétrico brasileiro, conforme competências próprias, com vistas a garantir o adequado fornecimento de energia elétrica aos consumidores da localidade, com menores custos.
Nos assuntos gerais foi destacada a publicação em 23 de setembro da Portaria Normativa MME nº 49/2022, que estabelece diretrizes para a exportação de energia elétrica, em regime comercial, destinada à República Argentina ou à República Oriental do Uruguai, proveniente de excedente de geração de energia elétrica de usinas hidrelétricas disponíveis para atendimento ao SIN. Nesta nova modalidade, os titulares de usinas hidrelétricas e os consumidores do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) serão beneficiados pela venda dos excedentes de geração exportados, apresentando relevante aprimoramento em relação ao atual processo de troca de energia entre os países, promovendo a otimização econômica e a racionalidade no uso dos recursos naturais e das disponibilidades energéticas – mecanismos fundamentais para fortalecer a integração energética com países vizinhos, trazendo mais benefícios ao setor e, principalmente, aos consumidores.
Informações Técnicas:
Condições Hidrometeorológicas: em setembro, os maiores totais de precipitação ocorreram nas bacias dos rios Iguaçu, Paranapanema, Tietê e no trecho incremental à UHE Itaipu, que apresentaram valores superiores à média histórica. Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), foram verificados valores abaixo da média histórica em setembro em todos os subsistemas. Considerando a ENA agregada do Sistema Interligado Nacional (SIN), foi verificado valor de 81% da Média de Longo Termo (MLT). Para outubro, e conforme estudos prospectivos apresentados na reunião, há a expectativa de valores de ENA para o SIN entre 79% e 96% da MLT, a depender do cenário considerado.
Energia Armazenada: ao final de setembro, foram verificados armazenamentos equivalentes de 51,1%, 83,1%, 66,1% e 75,3% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN o armazenamento foi de 57,2%. A previsão para outubro nos subsistemas, conforme estudos prospectivos apresentados, é de 43,3%, 78,1%, 54,8% e 60,6% da EARmáx, considerando o cenário desfavorável, enquanto que para o cenário favorável tem-se previsão de 46,1%, 76,3%, 56,1% e 62,4% da EARmáx. Para o SIN, a previsão varia entre 48,6% e 50,8% da EARmáx.
Expansão da Geração e Transmissão: a expansão verificada em setembro de 2022 foi de aproximadamente 1.387 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, 244 km de linhas de transmissão e não houve expansão na capacidade de transformação. Assim, em 2022, a expansão totalizou[1] 5.109 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 6.415 km de linhas de transmissão e 18.721 MVA de capacidade de transformação. Sobre geração distribuída, a expansão verificada em 2022 foi de 5.053 MW, atingindo o total de aproximadamente 13,6 GW instalados no país.
O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País, adotando as medidas para a garantia do suprimento de energia elétrica. As definições finais sobre a reunião do CMSE de hoje, bem como as demais deliberações do Colegiado, serão consolidadas em ata devidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento.
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
[1] Os valores relacionados à expansão verificada em 2022 são consolidados com as demais instituições setoriais e refletidos nas informações apresentadas ao CMSE.
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