Geral
CMSE aponta que não há risco de desabastecimento no país
Em reunião extraordinária realizada nesta terça-feira (19/09) o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) não recomendou a geração termelétrica fora da ordem de mérito após avaliação de custo-benefício. Apesar do indicativo do atraso do período úmido, não há risco de desabastecimento de energia no país.
O Comitê, presidido pelo secretário-executivo de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, apontou que no mês de setembro, as chuvas estão abaixo da média. Para os próximos dias, há previsão de chuva fraca a moderada nas Bacias da Região Sul e pouca ou nenhuma chuva na região Sudeste/Centro-Oeste.
Para os próximos dois meses, a previsão é de baixo nível de armazenamento para os subsistemas do SIN e para os principais reservatórios. Foram feitos estudos de sensibilidade destes armazenamentos e indicadas medidas para preservação dos estoques nas usinas hidrelétricas de cabeceira.
Confira a nota completa abaixo:
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)
Reunião Extraordinária
Nota Informativa – 19 de setembro de 2017
O CMSE esteve reunido nesta terça-feira, 19 de setembro de 2017, com o objetivo de aprofundar a análise das condições de suprimento eletroenergético em todo o território nacional, e divulga, de forma preliminar, os principais pontos tratados pelo colegiado:
Avaliação das Condições do Atendimento Eletroenergético do Sistema Interligado Nacional – SIN: Com base na última reunião do Grupo de Trabalho MCTIC/MME sobre Previsão Meteorológica Estendida, foi apresentado que, no mês de setembro, as chuvas estão abaixo da média. Para os próximos dias, há previsão de chuva fraca a moderada nas Bacias da Região Sul e pouca ou nenhuma chuva na região Sudeste/Centro-Oeste. A maior probabilidade é de ocorrência de precipitações inferiores à média histórica na maior parte do país, especialmente na grande área central. Também estão sendo previstos nos próximos dias, desvios positivos de temperatura, em relação à média histórica, na região Sul, em São Paulo e em parte da região Centro-Oeste, o que deve levar ao incremento do consumo de energia elétrica nestes locais. Na primeira quinzena de outubro, as previsões indicam que é mantido o padrão de pouca chuva na maior parte do Brasil. As águas do Oceano Pacífico Equatorial estão apresentando tendência de resfriamento e os modelos climáticos indicam como sendo a maior probabilidade a ocorrência do fenômeno La Niña até início de 2018, de fraca intensidade, o que traz alerta para a possibilidade de chuva abaixo da média na região Sul.
O ONS apresentou uma análise prospectiva do atendimento ao SIN para os meses de outubro e novembro de 2017, e até abril de 2018, em termos de previsão de armazenamento para os subsistemas do SIN e para os principais reservatórios. Foram feitos estudos de sensibilidade destes armazenamentos com a adoção de medidas como: aumento da importação de energia da Argentina e do Uruguai, despacho térmico fora da ordem de mérito, adoção de maiores limites de intercâmbio de grandes troncos de transmissão e flexibilização de restrições hidráulicas de algumas usinas hidrelétricas.
A CCEE apresentou os impactos no mercado destas medidas, especificamente quanto ao GSF, aos encargos setoriais e ao pagamento pelo deslocamento hidráulico, de forma a permitir avaliar custo e benefício de cada proposta.
A partir da precificação do deslocamento hidráulico visando a adequada alocação de custos, o CMSE não recomendou a geração termelétrica fora da ordem de mérito após avaliação de custo-benefício. Ainda assim, ressaltou-se que está garantido o suprimento eletroenergético do SIN, com previsão de aumento do custo associado à geração.
O CMSE decidiu empreender esforços no sentido de viabilizar o retorno operacional de usinas termelétricas atualmente indisponíveis, e que podem apresentar preços competitivos, tais como: Araucária, Cuiabá e Termonorte II.
Tendo em vista o aumento do preço da energia elétrica frente à escassez hídrica, a ANEEL apresentará, na próxima reunião do CMSE, proposta para viabilização de campanha de conscientização do uso da energia elétrica pela população brasileira.
O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País. As definições finais sobre a reunião do CMSE de hoje serão consolidadas em ATA devidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento.
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
Assessoria de Comunicação Social
Ministério de Minas e Energia
(61) 2032-5620
ascom@mme.gov.br
antigo.mme.gov.br
www.twitter.com/Minas_Energia
www.facebook.com/minaseenergia