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Brasil sobe para a sexta posição em ranking internacional de energia eólica
Brasil sobe para a sexta posição em ranking internacional de energia eólica
O Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial de energia eólica onshore (em terra), com 21,5 gigawatts (GW) de capacidade instalada, de acordo com o Global Wind Report 2022, divulgado na segunda-feira (04/04). As usinas eólicas já respondem por 11% da matriz energética brasileira. O documento registra que atualmente a energia eólica é a segunda maior fonte de geração de energia do Brasil, atrás apenas da hidráulica.
O relatório do Global Wind Energy Council destaca que o Brasil teve um crescimento virtuoso na última década, saltando de 1 GW de potência instalada em 2011 para 21 GW em janeiro de 2022. Segundo o relatório, em 2021, o País bateu recorde de expansão da capacidade instalada de energia elétrica a partir de fonte eólica, tendo o terceiro maior crescimento mundial, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
No País, existem 1187 empreendimentos (812 em operação e 375 ainda por construir ou em fase de construção) que totalizam quase 35 GW de potência outorgada. Ou seja, além de 21,5 GW instalados, há mais 13 GW para somarem ao sistema. Diante disso, destaca-se o protagonismo do Nordeste, com mais de 1000 empreendimentos e responsável por mais de 30 GW da potência outorgada.
Em 2020 o Nordeste passou, pela primeira vez, de região importadora para exportadora líquida de energia elétrica e aumentou sua participação na Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) de 8,8% para 10,7%.
A energia eólica é uma fonte renovável e tem baixo impacto ambiental e baixos teores de emissões de gases de efeito estufa. Em novembro de 2021, o Brasil bateu recorde de expansão da capacidade instalada de energia elétrica a partir de fonte eólica ao chegar a 3.051,29 megawatts, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
E a perspectiva é de mais expansão para o setor. Os dados da Aneel mostram que atualmente há cerca de 5,5 GW de usinas eólicas em construção no País. E a estimativa é que 2,95 GW entrarão em operação ao longo de 2022, o que representa valor equivalente a 2021.
Incentivo para a produção de energia eólica fora da costa
Um decreto editado em janeiro deste ano pelo Presidente da República Jair Bolsonaro trouxe um importante avanço para o setor de energia eólica: a produção de energia em empreendimentos fora da costa (offshore). A energia eólica offshore é a fonte de energia limpa e renovável que se obtém a partir do aproveitamento da força do vento que sopra em alto-mar, onde a velocidade é maior e mais constante.
O normativo apresentou os mecanismos de cessão de uso em áreas de águas interiores de domínio da União, no mar territorial, e o aproveitamento dos recursos naturais na zona econômica exclusiva e na plataforma continental para geração de energia elétrica offshore. O objetivo do Decreto 10.946 é dar segurança jurídica aos investidores nacionais e internacionais interessados em desenvolver projetos de geração, inclusive em parques eólicos offshore.
Plano Decenal de Expansão de Energia
O Ministério de Minas e Energia lançou na quarta-feira (06/04) o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031. O documento mostra as perspectivas do crescimento do setor de energia brasileira para os próximos dez anos (2022 – 2031). De acordo com o PDE, os investimentos para o setor serão de R$ 3,2 trilhões até 2031.
Além disso, o plano do Governo Federal prevê que a capacidade instalada para geração de energia elétrica no Brasil chegue aos 275 GW em 2031, com as fontes eólica e solar se destacando na matriz. Com isso, estima-se que a capacidade instalada de geração elétrica brasileira atinja o nível de renovabilidade de 83% em 2031.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a construção de um setor energético capaz de continuar a transformar os recursos naturais em bem-estar e prosperidade para a sociedade é um dos faróis que norteiam as projeções do Governo Federal para o futuro energético do País.
Acesse o Global Wind Report 2022
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