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Biocombustíveis no Brasil superam OCDE em cinco vezes
A participação da bioenergia (etanol e biodiesel) na matriz de transportes brasileira em 2014 atingiu 17,6%, percentual cinco vezes superior ao verificado nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de apenas 3,6%. Esse percentual é 44 vezes superior à fatia de 0,4% verificado nos demais países, fora da OCDE. O indicador consta da Resenha Energética Brasileira, divulgada em junho de 2015, produzida pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
A produção de biodiesel, no acumulado do ano até maio, atingiu 1.609 mil m³, um acréscimo de 28,4% em relação ao mesmo período de 2014. Apenas em maio, a produção foi de 339 mil m³. O crescimento é estimulado com a adoção de maior percentual de biodiesel no diesel convencional, a mistura B7 (7% de biodiesel), iniciada em novembro de 2014.
A capacidade instalada de produção de biodiesel foi de 7.349 mil m³/ano. Dessa capacidade, 94% dos produtores são empresas detentoras do selo Combustível Social, criado para estimular a inclusão social na agricultura dentro da cadeia produtiva do biodiesel.
Quanto ao etanol (hidratado), a produção em maio (safra 2015/2016) foi de 1,9 bilhão de litros. Foram consumidos no mês 1,4 bilhões de litros de etanol.
Leilões de biodiesel
Até maio deste ano foram realizados três leilões para a compra de biodiesel pelas distribuidoras de combustível, totalizando 43 desde o início do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. No último realizado, o 43º Leilão de Biodiesel, foram arrematados 661,5 milhões de litros, sendo 99,8% deste volume oriundo de produtores detentores do selo Combustível Social. O preço médio foi de R$ 2,171/L, sem considerar a margem Petrobras, e o valor total negociado atingiu o patamar de R$ 1,44 bilhão, refletindo um deságio médio de 11,35% quando comparado com o preço máximo de referência médio (R$ 2,449/L).
Ainda neste ano serão realizados mais três leilões - o L44 (entrega em setembro e outubro), o L45 (entrega em novembro e dezembro) e o L46 (que é realizado no final do ano para entrega de biodiesel em janeiro e fevereiro de 2016).
Veja a Resenha Energética Brasileira
Veja o Boletim dos Combustíveis Renováveis de Junho
Ascom/Layse Lacerda
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