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ENERGIA ELÉTRICA
Aneel debate geração de energia a partir de resíduos sólidos urbanos
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Aneel debate geração de energia a partir de resíduos sólidos urbanos - Foto: Bruno Spada/MME
As perspectivas para explorar o potencial de resíduos sólidos urbanos (RSU) na geração de energia elétrica foram debatidas no I Seminário Desafios da Geração de Energia com RSU, realizado nesta quarta-feira (8/12) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O encontro contou com a presença dos ministros de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, e do Meio Ambiente (MMA), Joaquim Leite, além dos diretores da Aneel, Sandoval Feitosa, Hélvio Neves Guerra e Efrain Cruz, e do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Paulo César Domingues.
O ministro Bento Albuquerque lembrou que serão promovidos neste mês de dezembro quatro leilões de energia e transmissão. “É um marco. Isso mostra nossa resiliência e vontade de superar desafios e apresentar os resultados que a sociedade precisa e merece”. Albuquerque destacou ainda que os resultados do leilão de energia nova para fontes renováveis, em setembro último, mostram “o futuro dessa política pública e a inserção dessa fonte energética firme, despachável e próxima aos centros urbanos”.
Idealizador do evento, o diretor Sandoval Feitosa destacou que a forma atual como os resíduos sólidos urbanos são tratados tem sido um desafio para as cidades. “Esses mesmos resíduos possuem elevada capacidade energética e com atributos importantes. Os que veem como um problema, prefiro ver como oportunidade”, disse.
O diretor-geral da Agência, André Pepitone, participou de forma virtual e afirmou que “da mesma forma que as energias eólica e solar se expandiram nos últimos anos, espera-se que a gestão e a exploração do potencial energético dos resíduos sólidos caminhem no mesmo sentido. Manter esse espírito de fomento para a expansão das energias renováveis no Brasil é fundamental frente à previsão de mais de R$ 565 bilhões em novas obras do setor que se projeta até 2030”.
O ministro Joaquim Leite ressaltou que as políticas públicas na área visam que “o setor de tratamento de resíduos e de recuperação energética cresça de uma forma que possamos atingir a meta de redução de metano – acordada na COP 26 –, mas principalmente trazendo qualidade de vida e acesso a uma energia que não existia, que, a partir do leilão, começa a estar disponível a quem mora nas grandes cidades”.
Ao longo da programação, dividida em três painéis temáticos, a Aneel reuniu especialistas nacionais e internacionais em ricas discussões sobre políticas públicas, aspectos técnicos e experiências internacionais na geração de energia elétrica com resíduos sólidos urbanos.
O painel “Políticas Públicas de Geração com RSU” abordou aspectos regulatórios e políticas públicas ambientais, energéticas e de saneamento, com apresentações de Paulo César Domingues, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, André França, secretário de Qualidade Ambiental do MMA, e Pedro Maranhão, secretário Nacional de Saneamento do MDR.
Segundo Domingues, há elevado benefício socioambiental no aproveitamento dos resíduos sólidos uma vez que os aterros são emissores de gás metano – 25 vezes mais impactante para o aquecimento global do que o dióxido de carbono. “No Brasil, 96% dos resíduos urbanos são colocados em lixões ou em aterros sanitários, enquanto na Europa, 50% de toda a coleta de resíduos é destinada à incineração”. O secretário recomendou maior integração entre políticas energéticas e de saneamento.
O segundo painel “Atributos da Geração com RSU”, moderado pelo diretor da Aneel Hélvio Guerra, reuniu um conjunto de especialistas para debater benefícios, potenciais e modelos de gestão aplicáveis à geração com resíduos sólidos. Entre os participantes estavam os presidentes, Yuri Schmitke, da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), José Patriota, da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE), Luiz Gonzaga, da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (APETRE), Carlos Silva Filho, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), Tamar Roitman, da Associação Brasileira de Biogás e Paulo Camilo, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), além de representantes da Frente Brasil de Recuperação Energética de Resíduos (FBRER) e do consultor em energia João Bosco.
Já as experiências internacionais na geração de energia com RSU foram o tema do painel final, moderado por Djane Melo, assessora da diretora da Aneel Elisa Bastos, e contou com palestras sobre requisitos técnicos e comerciais, com Roland Greil, da Hitachi Zosen Inova (Suíça), sustentabilidade, com Marcos Peraceli, da B&W Renewable (USA) e aspectos tecnológicos, com Flávio Matos, da WERT Brasil (França).
Transmitido ao vivo, o evento recebeu perguntas e comentários, promovendo a participação da sociedade. A Aneel irá disponibilizar o vídeo completo do evento e publicar uma síntese dos debates.
*Com informações da Aneel.
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