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Análise e comunicação de informações sobre o SIN será intensificada, define CMSE
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) vai estudar formas de intensificar a análise das informações, e a consequente comunicação com a sociedade, das condições de fornecimento eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Em reunião realizada nesta quarta-feira (5/4), o colegiado definiu a criação de um grupo de trabalho que irá se reunir para aprofundar as análises dos dados que afetam o sistema elétrico. Também caberá ao grupo definir a divulgação desse processo, de forma proativa.
Segundo o comunicado do colegiado divulgado ao final da reunião, o risco de qualquer déficit de energia em 2017 é igual a 0,8% e 0,1%, para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste. Entretanto, apesar de assegurado o abastecimento de energia para o ano de 2017, as condições hidrológicas desfavoráveis deverão levar a despachos térmicos mais volumosos, significando um aumento no custo da operação do sistema.
Expansão da Geração e transmissão
Em março, entraram em operação comercial 146 MW de capacidade instalada de geração. Em 2017, expansão da capacidade de geração soma 1.500 MW e 309 km de linhas de transmissão de Rede Básica.
Veja a nota completa do CMSE:
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)
Nota Informativa – 5 de abril de 2017
O CMSE esteve reunido nesta quarta-feira, 5 de abril de 2017, com o objetivo de analisar as condições de suprimento eletroenergético em todo o território nacional, e divulga, de forma preliminar, os principais pontos tratados pelo colegiado:
Condições Hidrometeorológicas e Energia Armazenada : O ONS informou que, com base na última reunião do Grupo de Trabalho MCTIC/MME sobre Previsão Meteorológica Estendida, a temperatura superficial do Oceano Pacífico Equatorial, na atualidade, é compatível com uma situação de neutralidade, o que não deve interferir significativamente no regime pluviométrico nos próximos meses. Todavia, em termos gerais, a maioria dos modelos prevê um aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial no segundo semestre, o que poderia derivar no estabelecimento de um fenômeno do "El Niño" de fraca intensidade, ressalvadas as incertezas destas previsões.
O ONS apresentou também que, em termos de Energia Natural Afluente – ENA bruta, foram verificados no mês de março de 2017 os valores de 68% no Sudeste/Centro-Oeste, 85% no Sul, 23% no Nordeste e 84% no Norte, referenciados às respectivas médias de longo termo – MLT.
Ao final do mês de março de 2017, foi verificada Energia Armazenada – EAR de 41,5%, 43,5%, 21,7% e 63,8% nos reservatórios equivalentes dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente, referenciados às respectivas EAR máximas. Os valores esperados de armazenamentos equivalentes ao final do mês de abril são: 40,5% no Sudeste/Centro-Oeste, 41,7% no Sul, 21,1% no Nordeste e 65,2% no Norte.
Condições de atendimento ao Nordeste : O ONS também realizou apresentação sobre as condições de atendimento ao subsistema Nordeste frente à necessidade de preservação dos estoques das usinas hidrelétricas da bacia do rio São Francisco. Informou que o suprimento está garantido mesmo em situações de baixa geração eólica, a partir da compensação por geração térmica e pela flexibilização do limite de intercâmbio a partir do SIN.
Análise de Risco : O risco de qualquer déficit de energia em 2017 é igual a 0,8% e 0,1% [1] , para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente, considerando a configuração do sistema do PMO de abril de 2017.
Entretanto, apesar de assegurado o abastecimento de energia para o ano de 2017, as condições hidrológicas desfavoráveis deverão levar a despachos térmicos mais volumosos, significando um aumento no custo da operação do sistema. Sendo assim, o CMSE instituiu um grupo de trabalho para aprofundar as análises sobre a condição de fornecimento eletroenergético no SIN. Também caberá ao grupo definir ferramentas e formas de intensificar a divulgação desse processo para a sociedade, de forma proativa.
Operação hidráulica do Rio São Francisco : O ONS apresentou simulações de expectativa de armazenamento nas UHEs Três Marias, Sobradinho e Itaparica ao longo do período seco, utilizando os piores cenários de afluências verificados no histórico, que tem se aproximado da realidade vivenciada atualmente. Com base nos resultados, reiterou a importância de que sejam adotadas medidas para viabilizar a adoção de patamar de defluência de 600 m³/s a partir da UHE Sobradinho, a fim de proporcionar maior segurança hídrica para a bacia do rio São Francisco, diante da condição hidrológica vivenciada neste ano.
O CMSE destacou o papel fundamental dos reservatórios na mitigação dos riscos de indisponibilidade e de baixa qualidade da água aos usuários do rio São Francisco, principalmente em situações de escassez como a vivenciada atualmente. Ratificou novamente a necessidade de ser compartilhada a responsabilização das ações decorrentes de flexibilizações nas defluências mínimas.
Regulação da Geração Fora da Ordem de Mérito : A Aneel apresentou o andamento da regulamentação do artigo 2 o da Lei no.13.303, que trata do pagamento aos geradores participantes do MRE do custo do deslocamento hidrelétrico ocasionado pela geração fora da ordem de mérito. A Aneel afirmou que irá, em breve, deliberar sobre o tema.
Avaliação de Medidas Estruturais de Sustentabilidade do MRE : A Aneel apresentou ao colegiado proposta de criação de um grupo de trabalho para aprofundar estudos e medidas para aprimorar o funcionamento do MRE.
Expansão da Geração e Transmissão : Em março, entraram em operação comercial 146 MW de capacidade instalada de geração e 50 MVA de transformação na Rede Básica. Assim, a expansão do sistema no ano 2017, até o mês de março, totalizou 1.500 MW de capacidade instalada de geração, 309 km de linhas de transmissão de Rede Básica e conexões de usinas e 2.030 MVA, de transformação na Rede Básica.
O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País. As definições finais sobre a reunião do CMSE de hoje serão consolidadas em ata devidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento.
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
[1] Estes resultados são obtidos nas simulações do modelo Newave para séries sintéticas, considerando em seus parâmetros que não há racionamento preventivo, térmicas por mérito e apenas um patamar de déficit. Para séries históricas, o valor do risco de qualquer déficit é igual a 0,0%, para os subsistemas SE/CO e NE.
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