Notícias
Alexandre Silveira destaca potencial do gás para ajudar na reindustrialização do país
- Foto: Tauan Alencar/MME
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou nesta quinta-feira (27/07), em São Paulo, do lançamento de estudo do Instituto de Energia da PUC-Rio (IEPUC). De acordo com o estudo, o país tem o potencial e as condições de viabilização da oferta de gás natural para uso como matéria-prima nas indústrias química e de fertilizantes no Brasil, com uma perspectiva de triplicar a oferta nacional de gás até o fim da década.
O ministro destacou que o estudo vai ao encontro de projeções do Ministério de Minas e Energia (MME). “Estamos convergentes, empenhados e dedicados nas ações de governo para que nós possamos juntos construir uma política consistente de reindustrialização do país, de fortalecimento do nosso parque industrial químico, de fertilizantes. Vamos usar o gás como uma fonte energética estratégica e importante para garantir segurança energética e alimentar, reindustrializar o país e gerar emprego e renda para a população”, afirmou o ministro.
Alexandre Silveira afirmou que chegou o momento de o Brasil assumir o protagonismo mundial na transição energética e que o gás integra as ações necessárias para alcançar estes objetivos.
“Com todas as nossas potencialidades, ainda somos completamente dependentes na questão dos fertilizantes, por exemplo, mesmo sabendo que uma das nossas grandes vocações é ser o grande celeiro de alimentos do mundo. Por isso estamos em constante diálogo e próximos do setor privado, que investe e gera oportunidades. O ambiente regulatório, a segurança jurídica, e o respeito a contratos no Brasil é reconhecido internacionalmente e foi destacado no G20, na Índia, demonstrando que as oportunidades estão colocadas”, disse o ministro.
Gás para Empregar
Alexandre Silveira afirmou que o Programa Gás para Empregar, criado pelo MME, vai estimular a criação de infraestrutura de escoamento e transporte, bem como viabilizar sua utilização como matéria-prima para a indústria de fertilizantes, química, assim como a geração de energia.
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil receberá R$ 94 bilhões em investimentos do setor privado no setor, com previsão de criação de 342 mil postos de empregos.
“É um programa que visa o processo de reindustrialização nacional através do gás, não só o gás do pré-sal, mas de todas as petroleiras. A garantia de suprimento de gás natural a longo prazo é determinante nas decisões de investimentos em novas plantas industriais de diversos setores intensivos no consumo de gás natural e consequentemente no desenvolvimento econômico e social do país”, ressaltou Silveira.
De acordo com o estudo do IEPUC, uma grande parcela da produção de gás natural não chega ao mercado, sendo que, nos últimos 10 anos, o percentual da produção total que é disponibilizada vem caindo e atingiu menos de 40% em 2022. Boa parte desta queda é explicada pelo crescimento contínuo dos níveis de reinjeção de gás nos reservatórios.
O estudo explicita, ainda, que pouco mais de 50% do gás reinjetado é referente ao CO2 separado nas plataformas e de gás natural de arrasto, ou seja, volume de gás natural que acaba sendo levado junto com o CO2 no processo de tratamento do gás na plataforma. Portanto, quase a metade do volume reinjetado atualmente, ou cerca de 30 milhões de m3/dia, poderia vir para o mercado se houvesse capacidade de escoamento.
O trabalho foi encomendado pela Coalizão pela Competitividade do Gás Natural como Matéria-Prima, liderada pela Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI) com a coordenação técnica da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM).
Assessoria de Comunicação Social