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Além da diversificação de fontes: transição energética demanda diversidade de gênero
A importância da ampliação da presença feminina nos setores de energia e mineração foi debatida, nesta segunda-feira (13/02), na primeira Roda de Conversa Mulheres na Transição Energética, no canal do Youtube do MME. O evento foi promovido pelo Comitê Permanente para Questões de Gênero, Raça e Diversidade do Ministério de Minas e Energia e Entidades Vinculadas (Cogemmev), em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), do Serviço Geológico do Brasil (SGB), da Rede Equidade e do Women in Mining Brasil.
Na abertura, o Projeto Sistemas de Energia do Futuro lançou o vídeo “Mulheres na Transição Energética” que busca apresentar algumas participações femininas no setor energético e como esta pode ser ampliada. “É um vídeo bem feito, que busca estimular a discussão sobre a equidade de gênero no setor”, afirmou a Coordenadora-Geral de Eficiência Energética do MME, responsável pela iniciativa no MME, Samira Sousa.
Em seguida, foram apresentados os painéis “Ações para promoção da participação feminina nos setores energético e mineral” e “Desafios de Gênero em ações setoriais”. Duas discussões relevantes, na avalição da coordenadora do Cogemmev, Márcia Figueiredo. Segundo ela, a transição energética, além de diversificar fontes, exige também políticas de diversidade de inclusão efetiva. “Quando a gente fala de inserir mulheres nesses setores, a gente está falando de todas elas. Então, é necessário trabalhar para haja diversidade dentro da temática de gênero e, dessa forma, lutar para ter mulheres de todas as cores, identidades, faixa etárias, com deficiência, atuando em todos níveis dos setores, da base à liderança”, destacou Márcia.
Mulheres são as mais impactadas pelas mudanças climáticas
De acordo com coordenadora-Geral de Eficiência Energética do MME, um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou, em 2021, que 80% dos impactados por desastres e mudanças climáticas em todo o mundo são as mulheres. Por isso, “a gente precisa delas para a tomada de decisão nessa e demais áreas”, destacou. Porém, segundo Samira Sousa, ainda são necessárias mais profissionais para enfrentar os desafios que virão. “A participação feminina nesse ambiente é fundamental, é delas que vamos precisar para tornar o futuro mais diverso e com respostas mais inteligentes e sustentáveis”, completou.
Para a Coordenadora do Comitê Permanente de Pró-Equidade e Diversidade do Serviço Geológico Brasileiro (SGB-CPRM), Nathalia Winkelmann Roitberg, a nova geração depende da participação de mais mulheres e da disseminação do conhecimento geocientífico. “Acreditamos que a participação de mais mulheres na ciência e na mineração terá como efeito inspirar uma nova geração de cientistas e pesquisas. É o que já percebemos, na nossa unidade, quando desenvolvemos e coordenamos a linha de pesquisa de mulheres na geociência”, completou.
O evento também contou com a parceria da Rede de Mulheres do Biogás e a Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (MESol). Como forma de incentivar ações que aumentem a participação de mulheres nos setores, a Cogemmev vai realizar, mensalmente, mais rodas de conversas. A próxima está marcada para dia 23/03 e terá como tema a liderança feminina nos setores de energia e mineração.
Assessoria de Comunicação Social