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2019-2021
Tecnologia e inovação são aliadas nas políticas de preservação em todo o país
Foto: Zack/MMA
A tecnologia e a inovação vêm norteando as políticas de conservação do Ministério do Meio Ambiente nos últimos anos. Em balanço realizado na última semana, representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), apresentaram iniciativas inovadoras que dão mais transparência e efetividade às ações de proteção ao Meio Ambiente.
O presidente do ICMBio, Marcos Simanovic, destaca a inovação na gestão das 334 Unidades de Conservação Federal em todo o país, que estão sob a responsabilidade do órgão. Simanovic ressalta que os parques estão presentes em todos os biomas, com características diferentes e que necessitam de variados processos de gestão. Na opinião dele, é preciso apostar em gestão inovadora, com uso de novas tecnologias e participação de todos.
A chefe da Unidade de Conservação do Parque Nacional do Iguaçu, Cibele Munhoz, apresentou exemplos dos investimentos em parceria com Itaipu Binacional. O parque deve iniciar o uso de câmeras para combater ilícitos ambientais e garantir maior eficiência da conservação da fauna e da flora. Outro projeto em curso é a criação de um ambiente para que a iniciativa privada possa entrar na geração de novas tecnologias voltadas para conservação ambiental.
O presidente do ICMBio informou que o Parque Nacional do Iguaçu está em processo de nova concessão. O edital, lançado recentemente, traz cláusulas inovadoras para a aplicação direta de recursos em ações de conservação da biodiversidade. Para Marcos Simanovic, iniciativas como essa significam estímulo à inovação como política de preservação do meio ambiente. “O incentivo a parcerias é primordial e nos ajuda a sonhar alto, implementando novas tecnologias, abrindo oportunidades para o empreendedorismo e a geração de empregos verdes. Processos que devem ser ampliados para todo o Brasil”, disse.
No Ibama, uma série de novos sistemas reforçam a fiscalização e dão maior transparências a processos e serviços realizados pelo órgão. O presidente do Ibama, Jônatas Trindade, citou a implantação do Sinaflor+, que melhora o controle da origem da madeira, dando maior transparência e eficiência ao trabalho de fiscalização e novos sistemas de acompanhamento dos processos de licenciamento ambiental, monitoramento da fauna e da flora e acesso a serviços à população, com integração do Portal Gov.br.
O Ibama também vem investindo na aquisição de novos equipamentos como helicópteros, drones, embarcações para patrulhas, veículos e tecnologia de comunicação digital. “Houve uma ampliação das ações e investimentos em tecnologia e inovação, e isso tem se refletido em resultados mais recentes”, afirmou Jônatas Trindade. Ele ressalta ainda o reforço de pessoal para atuar na fiscalização, com a realização de novo concurso para contratação de novos servidores no ano que vem.
Agenda Ambiental Urbana
A integração de tecnologias também traz novas possibilidades para ações de preservação nas cidades, onde vivem 85% da população brasileira. O secretário de Qualidade Ambiental, André França, reforça a Agenda Ambiental Urbana como primeira política de resposta ao cidadão, que busca melhor qualidade de vida na cidade. Ele ressalta como as tecnologias são ferramentas poderosas. “A tecnologia e inovação nos permitem fazer mais com menos. Permitem fazer com mais qualidade, mais alcance, mais transparência e, do outro lado, com menos recursos, menos tempo e menos retrabalho”, disse França.
O mapeamento das áreas verdes urbanas com o Cadastro Ambiental Urbano (CAU) é um exemplo. A plataforma permite uma interação entre o poder público e o cidadão para melhorias em parques e locais de preservação dentro das cidades. Será possível ainda enviar alertas a população para eventos em parques, projetos voluntários e uma série de ações que possam envolver a todos. “Precisamos devolver esses espaços a população, às famílias e às crianças com ações para preservá-los”, afirmou o secretário André França. O CAU é 100% digital e já está disponível para todos os municípios do país. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente por qualquer cidadão.
O monitoramento dos resíduos sólidos também está sendo aprimorado com o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR), que permite aos estados e municípios apresentar suas informações e ter ferramentas para gerir os resíduos. O secretário de Qualidade Ambiental anunciou que um novo sistema será apresentado nos próximos dias e vai ampliar o acesso as informações para melhor gestão e reaproveitamento do lixo.
A plataforma Praia Limpa é outro exemplo de incentivo à preservação do litoral brasileiro, com dados sobre balneabilidade das praias em todo o país. A ideia é estimular a competição saudável e a limpeza da costa. Já o Painel Lixo no Mar, detém informações sobre resíduos retirados do mar, permitindo ao gestor planejar e executar ações de prevenção. Alguns dados são resultado dos mais de 370 mutirões realizados desde 2019 em várias áreas do litoral brasileiro, com a retirada de mais de 500 mil itens e um total de 260 toneladas de lixo.
Para quem quer saber sobre a qualidade do ar onde mora, o Sistema Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar, o MonitorAR, permite ao cidadão acesso em tempo real, a condição da qualidade do ar onde está. “Todos os sistemas estão sendo aprimorados para garantir maior acesso do cidadão as informações de qualquer local do país, promovendo ainda uma política de participação de todos nas ações de preservação do meio ambiente, especialmente na cidade onde vive”, concluiu André França.
Confira a íntegra da apresentação:
ASCOM MMA