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COP26
Reciclagem animal e de pneus abre 4° dia da COP26 em Brasília
Foto: Zack/MMA
Nesta quinta-feira (4), o Governo Federal começou o dia no pavilhão de Brasília (DF) para a COP26 com casos de sucesso na logística reversa animal e de pneus. A participação brasileira na 26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas está acontecendo em dois espaços, um em Brasília e outro em Glasgow, na Escócia, que é onde também estão ocorrendo as negociações internacionais.
Os painéis apresentaram resultados positivos na área da logística reversa, que funciona por meio da reinserção dos resíduos na cadeia produtiva, potencializando a chamada economia circular. A gestão de resíduos ganhou foco do Governo Federal por meio do Marco do Saneamento Básico, sancionado em 2020, que determina o encerramento de todos os lixões do Brasil até 2024, e por meio do programa Lixão Zero, que contribuiu para o fechamento de 645 lixões, cerca de 20% do total de lixões.
Reciclagem animal
No Brasil, um dos maiores produtores e maior exportador de carne do mundo, 34% do peso total abatido não vão para a mesa da população. Entre os resíduos mais comuns estão ossos, gorduras e aparas de carne. Com Marco do Saneamento Básico, o MMA incentiva a conversão de resíduos em produtos que são reintegrados à cadeia produtiva, na forma de rações, suplementos e outros insumos.
Com o processamento desses resíduos em farinhas, óleos e outros produtos, o meio ambiente ganha de duas maneiras: dando aos resíduos uma destinação final ambientalmente adequada, evitando assim a poluição do solo, da água e do ar; e reduzindo a pressão sobre os recursos naturais para a produção de alimentos, fármacos, energia, entre outros.
O presidente da Associação Brasileira de Reciclagem Animal, Décio Coutinho, lembrou que o Brasil é um dos maiores produtores de proteína animal do mundo. As indústrias de reciclagem animal contribuem com a preservação ambiental e a redução de emissões, evitando que os resíduos do abate sejam descartados em lixões.
Reforma de pneus
A redução de emissões também é parte do setor de logística reversa de pneus. O setor colabora tanto para a economia de recursos naturais quanto para a economia financeira: para a fabricação de pneus comerciais novos são necessários 79 litros de petróleo, enquanto nos pneus reformados esse volume cai para 29 litros.
“Isso significa que em uma década economizamos quase cinco bilhões de litros de petróleo [...] em dez anos, evitamos a emissão de 26 milhões de toneladas de CO2”, ressaltou a presidente da Associação Brasileira da Reforma de Pneus, Margareth Buzetti.
Ações como essas têm apoio do Ministério do Meio Ambiente, que busca ainda incentivar financeiramente essas boas práticas. Foi o que explicou o ministro, Joaquim Leite, ao falar do Programa Nacional de Crescimento Verde, recentemente lançado pelo Governo Federal: “Quando você reutiliza um recurso natural, você está sendo mais eficiente e está gerando emprego, que é o objetivo do programa”, afirmou o ministro.
Lançado em 2019 o programa Lixão Zero foi responsável por diversos avanços, investindo mais de R$ 180 milhões para a implementação de centrais de reciclagem em todas as regiões do Brasil. O programa ainda lançou sistemas informatizados para a gestão do lixo para órgãos públicos e privados, 100% digitais e gratuitos.
Pavilhão Brasil
Todas as apresentações da delegação brasileira para a COP26 estão sendo transmitidas ao vivo no canal do Ministério do Meio Ambiente no YouTube. Outros conteúdos, como vídeo-cases de sucesso da sustentabilidade brasileira, também estão sendo disponibilizados nessa e em outras redes sociais do Ministério ao longo da Conferência.
ASCOM MMA