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Programa Fome Zero incentiva incremento da economia na Amazônia
Os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, e da Segurança Alimentar,José Graziano, assinaram hoje (05/06), no Palácio do Planalto, acordo que garante repasse de R$ 7 milhões do Programa Fome Zero para o Amazônia Solidária. O objetivo da ação interministerial é possibilitar aumento na produção e comercialização dos produtos agroextrativistas, vocação regional da Amazônia. "Os recursos serão investidos no manejo florestal e na exploração sustentável dos recursos naturais. É o lado estruturante do projeto de combate à fome", disse a ministra Marina Silva.
O Amazônia Solidária atende hoje cerca de 5 mil comunidades na Amazônia que vivem da exploração da borracha, castanha e da pesca. A ministra explicou que os recursos serão utilizados em programas estruturantes, permitindo às comunidades investir na aquisição de motor para barcos, despolpadeira de frutas, além de outros instrumentos que podem incentivar de forma direta a economia local. A construção de galpões para a armazenagem da produção familiar, característica na região, é uma das ações que permitirá a organização dos produtores.
A idéia é que os dois programas trabalhem sem sobreposição de ações, aproveitando a capilaridade do Amazônia Solidária junto aos órgãos públicos e a sociedade civil e instituições não governamentais. Essas comunidades poderão ser beneficiadas por políticas que permitam geração de renda e, conseqüentemente, segurança alimentar. A ministra destacou que as comunidades amazônicas não estão incluídas em uma situação de fome crítica, mas sim de precariedade produtiva, por isso a necessidade de investimento em programas que estruturem a economia local. "Vamos garantir a produção de alimentos e a conservação da floresta simultaneamente", afirmou Marina Silva.
A cooperação entre os dois ministérios irá garantir a implantação da Política de Segurança Alimentar numa sociedade organizada, incentivando a agricultura familiar, o emprego da mão-de-obra local, a organização da sociedade em associações de produtores, cooperativas e na consolidação de reservas extrativistas de uso sustentável, com benefício direto à preservação das áreas de florestas e cerrado, sem prejudicar o desenvolvimento socioeconômico das populações que as ocupam.