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Programa de áreas protegidas da Amazônia faz avaliação em Brasília
O Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) começou nesta segunda-feira (30) sua primeira avaliação, reunindo doadores e executores, o secretário-executivo, Claudio Langone, e o secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, do Ministério do Meio Ambiente. O ARPA foi criado pelo governo federal para garantir a proteção de amostras representativas da biodiversidade da Amazônia e promover o desenvolvimento sustentável da região, a partir de uma parceria com doadores e organizações da sociedade civil.
Coordenado pelo MMA, o ARPA foi implementado em parceria com o Ibama, governos estaduais e municipais da Amazônia, além do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). É financiado pelo Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF, por meio do Banco Mundial), WWF-Brasil e banco alemão de cooperação KFW. A GTZ e o WWF-Brasil atuam em cooperação técnica com o Programa.
A missão vai trabalhar, durante duas semanas, na definição de medidas de curto e médio prazo para aumentar a eficiência do programa. Serão avaliadas a comunicação e imagem, a eficácia e os mecanismos institucionais e financeiros. O grupo trabalha em Brasília até terça-feira (31). Na quarta-feira (01) se desloca para Rondônia e depois vai para o Rio de Janeiro, onde fica o Fundo Brasileiro de Biodiversidade (Funbio), ONG que administra os recursos financeiros do programa.
De acordo com o presidente do Funbio, Pedro Leitão, o projeto começou a ser implantado em 2004 e tem duração prevista de dez anos. O orçamento será em torno de US$ 400 milhões, com US$ 82 milhões destinados à primeira fase, sendo US$ 18 milhões considerados contrapartida do governo, do Ministério do Meio Ambiente, por meio dos seus diversos programas na Amazônia. "O projeto é muito grande e prevê conservar 12% do território da Amazônia, o que significa 55 milhões de hectares, dos quais 18 milhões foram alcançados só na primeira fase", informa Pedro Leitão.
Segundo o coordenador do programa, Ronaldo Weingd, o ARPA foi implantado com sucesso, mas pode aprimorar-se. "Queremos torná-lo mais completo para desempenhar seu papel fundamental na implementação das áreas protegidas da Amazônia, suprindo os problemas de equipe, capacitando os profissionais e promovendo ajustes gerenciais", completou. Ele acredita que o grande desafio neste ano será implementar novas unidades e ampliar as existentes. "Estamos criando dois milhões de hectares de unidades de conservação de uso sustentável, completando os 18 milhões de hectares previstos para a primeira fase", acrescenta.