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Plantas comestíveis são opção na mesa do brasileiro
Especialistas ensinam, neste sábado, como preparar pratos com alimentos que iriam para o lixo e a usar vegetais não convencionais. Evento é promovido pelo Ministério do Meio Ambiente.
Publicado em
08/11/2018 17h31
Atualizado em
08/11/2018 19h25
Brasília –
Um delicioso espaguete, uma saborosa paella, um pudim azul feito com jenipapo verde. Esses e outros pratos feitos com aproveitamento total dos alimentos e alguns à base de plantas comestíveis terão seus preparos ensinados neste sábado (10), na Ceasa, das 8h às 12h, durante o encerramento da Semana Nacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdícios de Alimentos (PDA) 2018, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
“Ao perceber a grande quantidade de comida que ia para o lixo no fim da feira, na Ceasa, resolvemos tomar uma atitude. Começamos então a tentar conscientizar as pessoas sobre as perdas e desperdícios de alimentos. Este é um ato de amor: nutrir a vida e a alma”, define o chef de cozinha Fernando Souza, que, junto com o colega Fábio Marques, criou o projeto Desafio da Xêpa – do Lixo ao Luxo. Durante o evento, a dupla, que compõe o Double Chefs, vai mostrar como preparar pratos gourmet só com sobras da xêpa.
“Ao perceber a grande quantidade de comida que ia para o lixo no fim da feira, na Ceasa, resolvemos tomar uma atitude. Começamos então a tentar conscientizar as pessoas sobre as perdas e desperdícios de alimentos. Este é um ato de amor: nutrir a vida e a alma”, define o chef de cozinha Fernando Souza, que, junto com o colega Fábio Marques, criou o projeto Desafio da Xêpa – do Lixo ao Luxo. Durante o evento, a dupla, que compõe o Double Chefs, vai mostrar como preparar pratos gourmet só com sobras da xêpa.
“O Desafio da Xêpa é uma deliciosa maneira de conscientização sobre o desperdício de alimentos. Os pratos são preparados com produtos desprezados pela maioria da população por não terem apelo comercial, mas possuem grande valor nutritivo”, explica o chef Fábio. No sábado, eles vão preparar dois pratos ao vivo, desde o pré-preparo até o produto final: o Espaguete Zucchini, com abobrinha e molho de tomate e pesto, e a Paella de Legumes, perfeita para vegetarianos ou para quem quer uma comida leve.
VOCÊ COME MATO?
A pergunta acima é uma provocação, mas não deixa de ser real. Desde 2006, as Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) estão ganhando espaço. Ainda são pouco conhecidas, mas como trazem muitos benefícios acabaram saindo do anonimato. “É uma biodiversidade incrível! São condimentos, hortaliças e legumes que se adaptam melhor até mesmo do que as plantas convencionais, além de serem uma fonte maior de proteína”, afirma Alice Worcmam, especialista em Pancs.
Ela é a fundadora do grupo Organicidade, que há quatro anos se aliou à Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, na busca pela educação, pesquisa, produção e projetos relacionados às plantinhas comestíveis não convencionais. A facilidade para o plantio é tão grande que uma horta urbana foi criada junto aos Arcos da Lapa, no centro do Rio, onde está a Fundição Progresso. “É um grande motivador. Quanto mais se planta, mais descobrimos diferentes formas de cultivo”, comemora Alice.
“Já temos 200 espécies catalogadas e, entre os parceiros, temos o Jardim Botânico e o Ministério do Meio Ambiente. Tudo o que estamos fazendo é desenvolver um espírito de conservação: ensinar, trocar experiências, trabalhar sustentabilidade. Em vez de criar coisas novas, vamos cuidar do que temos”, ressalta Vanessa Damasco, organizadora do projeto na Fundição Progresso. O cultivo das Pancs deu tão certo, que a instituição já pensa em expandir o projeto.
PUDIM AZUL
As PANCs também podem ser interessantes para as crianças, como forma lúdica para uma alimentação mais saudável. Um dos exemplos disso é o pudim de leite azul, que terá seu preparo mostrado pela Fundição Progresso durante o encerramento da Semana. “Em vez de usar corantes, nocivos à saúde, usamos jenipapo verde. É só bater o alimento com leite no liquidificador, coar, ferver e pronto! Já teremos a coloração azul para fazer o pudim”, ensina Alice, acrescentando que a técnica pode ser usada para fazer bolos, macarrão ou brigadeiro.
O encontro de sábado, na Ceasa, ainda terá mais uma atração. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater/DF, foto ao lado) participa com a elaboração de dois pratos à base de abóbora. “São receitas rápidas, de 30 minutos, e o foco é mostrar o aproveitamento integral do alimento”, destaca Flávio Bonesso Pinheiro, técnico em Agroindústria da Emater-DF. Dois pratos serão apresentados no evento: um doce e um salgado. O primeiro é um curau de abóbora, com leite, açúcar e canela. O segundo, uma farofa, feita com o talo das folhas da cenoura e todas as partes da abóbora: casca, sementes e polpa.
Para ajudar os consumidores, o hotsite da
Semana Nacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdícios de Alimentos 2018
reúne essas iniciativas e orientações sobre planejamento de compras, reaproveitamento de toda a sacola da feira e de todas as partes dos alimentos, conservação e durabilidade, entre outras informações.
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Por: Rogério Ippoliti/Ascom MMA
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As fotos são de divulgação dos projetos.