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Reunião discute produção mais sustentável
Brasília (04/07/18) – Começou nesta quarta-feira, em Brasília, na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), a Reunião Nacional de Fortalecimento de Capacidades de Gerenciar Informações de Relatórios de Sustentabilidade Coorporativa em Países da América Latina. Organizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em conjunto com a ONU Meio Ambiente, o encontro tem o objetivo de chamar a atenção das empresas do setor privado para mais transparência e responsabilidade quanto aos potenciais riscos à saúde e ao meio ambiente na produção de bens e de serviços.
Atualmente não há referência governamental para as empresas na coleta, medição e divulgação de informações sobre sustentabilidade. Para governos, investidores, sociedade civil e empresas que desejam avaliar e melhorar o desempenho dos negócios, isso se mostra uma barreira. Para superar a questão, países em desenvolvimento têm aumentado a pressão regulatória sobre as corporações de forma a gerar, avaliar e tornar públicas as informações sobre seus desempenhos e impactos de sustentabilidade.
Na abertura da reunião, a secretária de Articulação Institucional do MMA, Rejane Pieratti, explicou que os relatos de sustentabilidade das empresas somente passaram a ser feitos no Brasil a partir da década de 80. "Foi quando elas começaram a ver e a mostrar a importância de aspectos que não eram só o produzir e para quem produzir, mas que existiam outros aspectos: os sociais e os ambientais. E aí a coisa foi acontecendo com as pressões das ONGs e da própria sociedade civil. Hoje as maiores empresas no Brasil fazem o relatório de sustentabilidade, mas é preciso que todas façam", alertou ela.
Rejane Pieratti voltou a defender que o critério de sustentabilidade seja levado em conta pelo consumidor na hora de adquirir qualquer produto. "(É preciso) que a responsabilidade socioambiental da empresa conte para desempate: porque depois que eu tenho preço, qualidade, qual é o terceiro atributo para a pessoa comprar o produto? Que seja esse (o critério de sustentabilidade). E que os relatos de sustentabilidade venham a contribuir para isso", destacou a secretária.
PROJETO PILOTO
O Brasil, em colaboração com outros países membros da região, começou a empreender diferentes iniciativas para promover relatórios de sustentabilidade corporativa. Nesta linha, o projeto brasileiro com metodologia piloto intitulado "Fortalecimento de Capacidades para Gerir a Informação de Relatórios de Sustentabilidade Empresarial em Países da América Latina" visa reforçar a capacidade do governo brasileiro para estimular relatórios de sustentabilidade corporativa para analisar e utilizar informações ambientais divulgadas nos relatórios de sustentabilidade corporativa. O projeto piloto apresentado durante a reunião também visa preencher a lacuna de informação entre o desempenho ambiental das empresas e os impactos ambientais gerais dos setores privados a nível nacional.
A representante da ONU Meio Ambiente, Regina Cavini, salientou que as empresas trazem muitos benefícios a sociedade, como emprego, renda, mas a questão vai muito além disso. "Existem os impactos ambientais e é nesse sentido que este projeto é muito bem-vindo. Ele fortalece uma metodologia para que as empresas possam reportar o quanto é preciso desenvolver para a redução do impacto ao meio ambiente", detalhou a representante da ONU Meio Ambiente.
Segundo Cavini, a ONU Meio Ambiente vem apoiando o governo brasileiro, e as instituições nacionais, no caminho para o fortalecimento de políticas na área de meio ambiente. "Queremos mostrar os desafios se tem em relação ao modelo atual de produção e consumo. Que a humanidade tem que avançar para se reduzir os impactos que temos nos recursos naturais, melhorar o aproveitamento destes recursos, enfim, trata-se da mudança de paradigma de produção e consumo", enfatizou Cavini.
A Reunião Nacional de Fortalecimento de Capacidades de Gerenciar Informações de Relatórios de Sustentabilidade Coorporativa em Países da América Latina acontece até esta quinta-feira (5), na sede da ANA, em Brasília. O evento conta com a participação de membros do governo federal, como Anvisa, Presidência da República, Ibama, Inmetro, IBGE, de consultorias, de organizações nacionais e internacionais ligadas ao meio ambiente e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da ONU.
Por: Bruno Romeo/Ascom MMA
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