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Palestra do MMA no 8º Fórum aborda reúso da água
Brasília (21/03/18) – O reúso da água não é um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo há muitos anos. No entanto, a demanda crescente por água trouxe uma nova abrangência para o tema, que vem sendo cada vez mais debatido. Para trazer o olhar do Ministério do Meio Ambiente (MMA) sobre o assunto, foi realizada nessa terça-feira (20), no Espaço Brasil do 8º Fórum Mundial da Água, a palestra Reúso e fontes alternativas de água , voltada para o público geral.
Segundo o analista ambiental Antônio Calazans, do Departamento de Recursos Hídricos do MMA, resposnsável pela palestra, durante o evento foram apresentados o contexto, os primeiros resultados e as expectativas em torno do projeto "Subsídios Técnicos ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) sobre uso racional e reúso de água, coordenado pelo ministério.
"O projeto tem o intuito de agregar os resultados dos projetos em curso sobre uso racional e reúso de água no âmbito do governo federal, bem como iniciativas legislativas em andamento no Congresso Nacional e nos estados, buscando consolidar um conjunto de subsídios técnicos, e internalizá-los de forma organizada nas discussões do Conselho", explicou ele.
A ação é realizada com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação pela Agricultura (IICA) e do Banco Mundial (BID), por meio do Programa de Desenvolvimento do Setor Água (Interáguas).
NOVOS USOS
No fórum, Calazan ressaltou que o reúso de água pode ser encarado como uma das formas de racionalização do uso da água. "Na medida que se reutiliza a água para determinada finalidade, reduz a necessidade de retirada de água do corpo hídrico, a qual fica disponível para outros usos mais exigentes em termos de qualidade da água, como o abastecimento com água potável", destacou ele.
Além disso, as práticas de racionalização do uso e do reúso de água favorecem a conscientização da população para a necessidade de economia de água, redução de desperdícios, contribuindo também para o desenvolvimento e implementação de tecnologias de tratamento de efluentes.
Durante a sua apresentação, Calazans destacou um projeto em desenvolvimento pelo Ministério das Cidades, para o estabelecimento de uma política de reúso de efluente sanitário tratado no Brasil, realizado no âmbito do Programa Interáguas, que mapeou 19 projetos de reúso de efluente sanitário tratado existentes no país.
DADOS DA UNESCO
Relatório da Unesco divulgado em março de 2017 apontou que mais de 80% da água residual do mundo é descartada sem tratamento. O reúso em atividades como irrigação agrícola e processos industriais foi apontado como solução para o problema, segundo o levantamento.
Além de garantir a proteção, o reúso tem o potencial de universalizar o acesso aos recursos hídricos por parte da população.
O levantamento da Unesco traçou ainda o perfil das extrações globais de água doce e mostra que maior parte delas vai para consumo agrícola (38%) e drenagem agrícola (32%). As águas residuais industriais correspondem a 16% do total.
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Por: Marta Moraes/ Ascom MMA
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