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O desafio de unir as águas da terra e do mar
Brasília (21/03/18) – Um sistema de interação entre as instituições que atuam nas águas doces, costeiras e marinhas. Assim é a proposta do Source-to-Sea (Da Fonte ao Mar), iniciativa apresentada no 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília, pelo Instituto Internacional das Águas de Estocolmo (SIWI) em parceria com a Agência da Suécia para a Gestão Marinha e da Água.
"A ideia é que todos se juntem numa rede, um grande esforço de coordenação para melhorar a gestão das águas e entender os seus múltiplos impactos, que muitas vezes são invisíveis", explicou a coordenadora-geral de Qualidade Ambiental e Resíduos do Ministério do Meio Ambiente, Letícia Carvalho, moderadora do debate nesta quarta-feira.
O painel discutiu, por exemplo, os impactos da bacia hidrográfica no mar, mostrando a necessidade de uma visão holística e de forte integração das diversas instituições, desde aquelas que atuam nas bacias até as entidades que trabalham no gerenciamento costeiro e marinho. "Muito tem sido feito, mas ainda há vários desafios para promover a necessária coordenação e cooperação entre todos os atores envolvidos das bacias aos oceanos, para aprimorar a governança e, sobretudo, para entregar resultados à sociedade", afirmou a moderadora.
O oceanógrafo Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP), presente ao painel, destacou que "é muito interessante entender a dinâmica desse problema a partir do funcionamento dos ecossistemas e da integração da participação social na tomada se decisões, incluindo não somente uma visão local e nacional, mas também envolvendo outros países". Ele ressaltou que a questão é transfronteiriça: "Não vê barreiras e também não vê fronteiras".
ALTO NÍVEL
O debate teve início na terça-feira (20), com o segmento de Alto Nível, do qual participaram o enviado especial da ONU para Oceanos, Peter Thomson, ministros de quatro países e representantes de empresas privadas, instituições financiadoras e órgãos intergovernamentais. O MMA esteve representado pelo secretário substituto de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, Sérgio Gonçalves, e pelo coordenador-geral do Gerenciamento Costeiro, Régis Pinto de Lima, entre outros representantes.
Os participantes discutiram como solidificar as conexões entre tomadores de decisão que se concentram em questões marinhas e de água doce. De acordo com os organizadores do evento, dada a interconectividade dos recursos hídricos, é importante projetar esforços para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Nº 6, de modo que beneficiem também os ecossistemas marinhos e as pessoas que deles dependem.
Por: Rachel Bardawil/ Ascom MMA
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