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Ações para salvar o pato-mergulhão
Brasília (20/03/2018) – Empolgado com o lançamento da campanha de proteção ao pato-mergulhão, nesta terça-feira, no Espaço Brasil do 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, não se conteve. Na hora em que o evento estava sendo encerrado, foi até o centro do palco, pegou o microfone e pediu para dar uma boa notícia: já nesta quarta-feira (21) assinará portaria designando o pato-mergulhão como ave símbolo da conservação das águas brasileiras.
Acesse fotos do lançamento da campanha
"Acabei de ser informado pela minha assessoria que tenho a prerrogativa de fazer isso e amanhã (quarta) será a primeira coisa que vou fazer. Assinar essa portaria", anunciou o ministro para a alegria da plateia, formada por ambientalistas e gestores que acompanhavam a apresentação da campanha "Pato-mergulhão, Embaixador das Águas", uma iniciativa do Instituto Terra Brasilis, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que gere as unidades de conservação (UCs) federais.
Assim, além da campanha, que buscará conscientizar as pessoas sobre as ameaças à espécie criticamente ameaçada de extinção – segundo pesquisadores só existem cerca de 200 exemplares no Brasil –, o pato-mergulhão ganha um instrumento legal que o coloca em um patamar de destaque nacional. A medida vai, certamente, estimular e fortalecer as ações de preservação da ave.
Antes, o ministro, no seu discurso, já havia destacado a importância da campanha, ao lembrar que o pato-mergulhão desempenha papel de bioindicador do equilíbrio dos ecossistemas. "Ele só vive em locais que tem água limpa e transparente, em que o meio ambiente está conservado. É uma espécie de termômetro para medir a qualidade de nossas águas", afirmou.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Nesse aspecto, ressaltou Sarney Filho, as unidades de conservação cumprem importante função na sobrevivência do pato-mergulhão. Ele lembrou, inclusive, que as regiões tidas como habitat da espécie - Jalapão, em Tocantins; Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e Serra da Canastra, em Minas - são protegidas por UCs, duas delas federais - os parques nacionais da Canastra e dos Veadeiros.
A campanha de conservação do pato-mergulhão vai constar de ações de educação ambiental e de divulgação da importância da espécie e dos riscos que ela corre. Uma das estratégias será envolver estudantes de escolas públicas e privadas e sensibilizar a mídia para a necessidade de preservar a espécie.
No início do evento, Sônia Rigueira, do Instituto Terra Brasilis, que já desenvolve ações de proteção da ave na região da Canastra, fez uma explanação, cheia de sensibilidade e poesia, sobre os hábitos do pato-mergulhão, as ameaças à sua sobrevivência na natureza e a necessidade de sua preservação.
Participaram ainda do lançamento da campanha o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, José Pedro de Oliveira, o presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, e o representante da Fundação Pró-Natureza (Funatura), Paulo de Tarso.
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Por: Elmano Augusto/ Ascom MMA
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