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Países fomentam investimentos para o clima
DA REDAÇÃO
Após exatos dois anos de conclusão do Acordo de Paris, governos de várias partes do mundo reuniram-se nesta terça-feira (12/12) na capital francesa para avançar no financiamento do combate ao aquecimento global. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, representa o Brasil na One Planet Summit , conferência convocada pelo governo francês para mobilizar recursos com foco em promover o enfrentamento à mudança do clima em escala global.
O ministro destacou o engajamento brasileiro no desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. Em encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com outros representantes de governos e da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Sarney Filho ressaltou os avanços brasileiros na agenda ambiental. Esses resultados incluem a redução de 16% do desmatamento na Amazônia entre 2016 e 2017 e a promoção de medidas para estimular o desenvolvimento sustentável e a proteção do bioma.
OPORTUNIDADE
Os governos reunidos em Paris discutem medidas nas áreas de corte de emissões, adaptação e financiamento. Sarney Filho reforçou que o Acordo abre caminhos para o crescimento econômico e para a conservação ambiental no país. "Precisamos encarar o desafio climático como uma oportunidade para reorientarmos o projeto de desenvolvimento nacional, rumo à criação de uma economia de baixo carbono no longo prazo", defendeu o ministro.
A importância da criação de um fundo para alavancar financiamentos a juros baixos para projetos de baixo carbono também foi apontada por Sarney Filho como fundamental para a agenda climática. O ministro enfatizou que o Acordo de Paris reconhece o valor das ações voluntárias de mitigação e, com isso, possibilita "ferramentas financeiras adequadas que possam premiar e atrair mais agentes econômicos para atividades de baixas emissões".
O ACORDO
Com o objetivo de conter o aquecimento global, o Acordo de Paris foi concluído em 12 de dezembro de 2015. O pacto histórico busca manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais e garantir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC. Para isso, cada país apresentou sua própria meta de corte de emissões.
O Brasil tem uma das metas consideradas mais ambiciosas por envolver o conjunto da economia. O objetivo brasileiro é reduzir 37% das emissões de gases de efeito estufa em 2025, com indicativo de cortar 43% das emissões em 2030 - ambos os percentuais em comparação aos índices de 2005.
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