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América Latina discute política agroambiental
LETÍCIA VERDI
Começou nesta quinta-feira (28/07), na Cidade do Panamá, a Oficina Regional sobre Indicadores para Políticas Agroambientais na América Latina e no Caribe, promovida pelo escritório regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O evento segue até amanhã (29/09) e conta com a participação de representantes de governo e setores da agricultura e meio ambiente do Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, México, Panamá e Paraguai.
“É necessária uma aliança entre os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente para o desenvolvimento de incentivos econômicos e financeiros que consigam aplicar medidas agroambientais para avançar em direção a uma agricultura mais sustentável, tanto na agricultura familiar como nos agronegócios”, destacou a secretária de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Juliana Simões.
A oficina é parte de um projeto de cooperação técnica do governo brasileiro com a FAO para o fortalecimento das políticas agroambientais em países da América Latina e Caribe, por meio do diálogo e intercâmbio de experiências nacionais. O projeto tem por objetivo a realização de estudos, intercâmbio de experiências e elaboração de diretrizes voluntárias para políticas públicas agroambientais, como ferramenta para a redução da pobreza rural e a insegurança alimentar na região.
A abertura do evento contou com a presença do vice-ministro de Desenvolvimento Agrícola do Panamá, Estetban Girón, e da secretária MMA, Juliana Simões. Participam da oficina autoridades e técnicos governamentais, técnicos e especialistas de organizações não governamentais, produtivas, técnicas e acadêmicas relacionadas ao assunto, especialmente do Panamá. Pelo Brasil, também participa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
INDICADORES
Os indicadores a serem discutidos na oficina fazem parte das estratégias para a implementação das diretrizes voluntárias para políticas agroambientais elaboradas no marco do projeto de cooperação. A principal atividade do evento será rever, debater, trocar opiniões e gerar recomendações e ajustes para a primeira versão da proposta de indicadores. Esse documento foi construído com base nos resultados das oficinas nacionais de análise de indicadores realizadas no Brasil, Costa Rica, Colômbia, Cuba, México e Panamá entre o final de 2016 e 2017.
Nos dias 21 e 22 de setembro, a Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, por meio do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável e Combate à Desertificação, discutiu o documento dos indicadores e levantou alguns ajustes que foram levados à oficina.
Participaram dessas discussões no MMA, a Agência Nacional de Águas, Ibama, Secretaria de Governo da Presidência da República, Secretaria Especial de Agricultura Familiar, MAPA e Ministério do Desenvolvimento Social. “Os resultados do processo de construção desses indicadores deverão subsidiar a definição do que será aplicado no Brasil, em sinergia com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, afirmou o analista ambiental e ponto focal do projeto Fortalecimento de Políticas Agroambientais MMA/FAO, Allan Milhomens.
Juliana Simões (C) destaca medidas agroambientais (Foto: Divulgação/ FAO)
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