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Brasília apaga as luzes na Hora do Planeta
LETÍCIA VERDI
Uma série de atividades ao ar livre marcou o sábado (25/03) dentro da programação do Mês das Águas , após uma semana de debates sobre o aquecimento global e a crise hídrica no Brasil e no mundo. O dia começou com a Corrida da Água, no Parque da Cidade, continuou com um encontro de canoagem no Lago Paranoá, com um “abraço ao lago” e terminou com a Hora do Planeta e passeio ciclístico no Museu Nacional da República.
Os eventos contam com apoio institucional do Ministério do Meio Ambiente e são promovidos pela Agência Nacional de Águas (ANA) em parceira com o Governo do Distrito Federal e organizações da sociedade civil.
A Hora do Planeta é uma iniciativa do WWF de combate ao aquecimento global, que há 10 anos envolve a população mundial apagando as luzes por uma hora, em um ato de reflexão e protesto à mudança do clima. “São mais de 100 cidades no país, 400 monumentos apagados e 1,5 mil cidades no planeta. Pessoas, empresas e governos se unem nessa mensagem, como uma onda de reflexão para o tema”, explicou o coordenador de políticas públicas da WWF-Brasil, Michel Santos.
Segundo o secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Everton Lucero, a iniciativa da WWF apoiada pelo ministério é muito importante por trazer às pessoas a oportunidade de se engajarem no luta contra a mudança do clima. “Ações como essa aumentam a consciência do cidadão a respeito do planeta, do clima, da natureza e do nosso grande patrimônio natural”, destacou. Lucero representou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, no evento.
Cerca de 200 ciclistas partiram em pedalada pela Esplanada dos Ministérios após o apagar das luzes, às 20h30, de três monumentos da capital: Catedral de Brasília, Congresso Nacional e Museu da República. A cidade conta com 143 grupos organizados de ciclistas, entre eles o grupo Pedal Noturno, que participou do ato. O secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, André Lima, afirmou que “a hora o planeta é toda hora. Mas precisamos desse momento de parada e reflexão para continuarmos engajados nessa luta”.
ARTE
Após a partida dos ciclistas, os presentes visitaram a exposição multimídia Memória Submersa, da artista Anna Braga, que lança um olhar poético e melancólico sobre a destruição provocada pelas sucessivas ressacas do mar em Atafona, balneário de São João da Barra, a poucos quilômetros de Campos dos Goytacazes no norte fluminense.
“Essa exposição apresenta uma leitura poética para as questões climáticas que hoje afligem o planeta. Atafona, uma cidade histórica fundada por pescadores, vem sofrendo por causa do efeito estufa sobre as marés”, ressaltou o diretor do Museu Nacional, Wagner Barja. A exposição está aberta para visitação na Galeria 2, no térreo do Museu Nacional da República, até o dia 9 de abril.
Imagem da exposição multimídia Memória Submersa, no Museu da República
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