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Educação ambiental protege áreas no DF
JUVENAL VICENZI
Entidades governamentais e representantes da sociedade civil se reúnem nesta terça-feira (14/2), em Brasília (DF), para a elaboração do Plano Político Pedagógico (PPP) de Educação Ambiental, que abrange três unidades de conservação no Distrito Federal e na região: Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central, Reserva Biológica da Contagem e Parque Nacional de Brasília. A iniciativa é desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Departamento de Educação Ambiental, e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).
A intenção é unir esforços entre o poder público e a sociedade para o desenvolvimento de ações educativas conjuntas, que permitam a proteção socioambiental nas três áreas de conservação, identificando pontos comuns e maneiras de apoio mútuo para o desenvolvimento de estratégias voltadas à preservação. A ideia é sensibilizar as pessoas que vivem nessas localidades.
"A UC é um espaço potencialmente educador, e a elaboração de um projeto político pedagógico é uma forma de construir junto com os sujeitos sociais do território estratégias que reforcem esse potencial, culminando na implementação de iniciativas transformadoras que contribuam com a conservação dessas unidades", afirma a diretora de Educação Ambiental do MMA, Renata Maranhão.
As oficinas ocorrerão em duas fases e serão ministradas por consultores especializados. Na primeira, que ocorre nesta terça-feira, estarão presentes representantes de 33 entidades. O objetivo é identificar os principais problemas socioambientais e as ações de educação ambiental em execução ou necessárias para cada território. Na segunda rodada de reunião, marcada para o dia 7 de março, será definido o marco operacional, ou seja, a definição do cronograma e as ações que farão parte do plano, além de quais atores serão mobilizados. As oficinas ocorrerão no Centro de Capacitação e Comercialização da Agricultura Familiar, no Ceasa, em Brasília.
PROJETOS-PILOTO
Em 2016, o MMA mobilizou instituições públicas e entidades civis para a construção de PPPs de Educação Ambiental em duas unidades de conservação na região Amazônica. Uma na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Itatupã Baquiá, no Pará, e a outra na Floresta Nacional de Tefé, no Amazonas. Nessas localidades, mais de 300 pessoas participaram de oficinas, reuniões, grupos de trabalho e levantamento de dados utilizados para a elaboração do plano nessas áreas de conservação.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO CONTEMPLADAS NO PLANO
APA do Planalto Central: Tem 504.160 hectares. É uma unidade de conservação de uso sustentável e foi criada com a finalidade de proteger os mananciais, regular o uso dos recursos hídricos e o parcelamento do solo, garantindo o uso racional dos recursos naturais e protegendo o patrimônio ambiental e cultural da região.
Parque Nacional de Brasília: A unidade de conservação foi criada em 1961 e expandida em 2006. Possui 42.389 hectares e surgiu da necessidade de proteção dos rios fornecedores de água potável à capital federal e de manter a vegetação em estado natural. O reservatório de Santa Maria fica localizado dentro do Parque, abastecendo cerca de 20% da população do Distrito Federal.
O Parque tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. O Parque abrange as regiões administrativas de Brasília, Sobradinho (DF), Brazlândia (DF) e o município goiano de Padre Bernardo.
Reserva Biológica de Contagem: Foi criada em 2000 com o objetivo de assegurar a preservação do equilíbrio natural da diversidade biológica e dos processos ecológicos naturais. Na Reserva existem duas fontes de captação de água que abastecem a população do Distrito Federal. Possui área de 3.426 hectares.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227