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Clima: povos da Amazônia serão prioridade
LUCAS TOLENTINO
Enviado especial a Marrakech
Os povos que moram na região amazônica serão prioridade nas políticas ambientais brasileiras. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou nesta quinta-feira (17/11) que o país promoverá ações para o desenvolvimento de uma economia florestal capaz de conter o aquecimento global e beneficiar os 25 milhões de moradores da região. A declaração ocorreu em evento na 22ª Conferência das Partes (COP 22) sobre mudança do clima, em Marrakech, no Marrocos.
Os setores de florestas, energia e agricultura de baixo carbono serão os principais eixos de ação do país. “É preciso oferecer alternativas econômicas e que valorizem a floresta em pé”, afirmou o ministro. Para isso, segundo ele, as políticas nessa área serão aliadas ao crescimento sustentável do país e ao desenvolvimento social. “Não se pode pensar na floresta dissociada do homem. É necessário combater a pobreza e melhorar a qualidade de vida das populações”, acrescentou.
AVANÇOS
A comunidade internacional reafirmou a liderança brasileira na a agenda ambiental. A coordenadora da área de Implementação e Mitigação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), Katia Simenova, afirmou que o país é o mais avançado em setores como corte de emissões florestais e na cooperação com outras nações em desenvolvimento. “O Brasil tem uma das metas mais expressivas e tem apresentado boa ação climática”, avaliou Simenova.
A inclusão dos produtores em um sistema de agricultura de baixo carbono também foi classificada como uma medida positiva em curso em território nacional. “O Brasil tem mostrado como juntar ações voltadas para crescimento, clima e sustentabilidade”, afirmou a diretora de Agricultura do Banco Mundial, Ethel Sennhauser. “Além de garantir a segurança alimentar, os produtores são muito importantes e fazem parte do processo de corte de emissões”, acrescentou.
A COP 22
A COP 22 ocorre em Marrakech até esta sexta-feira (18/11) com o objetivo de regulamentar os detalhes acerca do Acordo de Paris. Esse pacto representa um esforço de mais de 190 países para conter as emissões de gases de efeito estufa e, com isso, limitar o aumento da temperatura a média global a bem abaixo de 2ºC. Para isso, cada país apresentou metas voluntárias para implementação em seus próprios territórios. Considerada uma das mais ambiciosas, a meta brasileira é reduzir em 37% as emissões até 2025, com indicativo de chegar a 43% em 2030. Ambas com base nos níveis registrados em 2005.
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