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Fundo Amazônia investe US$ 1 bi na região
LUCAS TOLENTINO
Enviado especial a Marrakech
O Fundo Amazônia totalizou US$ 1 bilhão para financiamento de projetos no setor florestal. A importância dos projetos apoiados pela entidade foi apresentada neste sábado (12/11) no Espaço Brasil na 22ª Conferência das Partes (COP 22) sobre mudança do clima, que ocorre até a próxima semana em Marrakech, Marrocos. O local é uma iniciativa do governo federal com o objetivo de divulgar para o mundo as políticas brasileiras na área climática.
Atualmente, 85 projetos são apoiados pelo Fundo Amazônia, formado por doações de parceiros importantes como os governos da Noruega e da Alemanha. Unidades de conservação, povos indígenas e medidas de monitoramento estão entre as primeiras áreas de atuação desses programas. Também há ações voltadas para atividades de produção sustentável e para a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
COOPERAÇÃO
A integração brasileira com os demais países foi apontada como essencial para dar continuidade às políticas florestais. “A mudança do clima é um problema coletivo e, por isso, requer a cooperação internacional”, explicou a diretora de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Thelma Krug. Segundo ela, o Fundo Amazônia é um instrumento fundamental nesse contexto.
O empenho brasileiro na agenda tem garantido resultados expressivos. O desmatamento na Amazônia, por exemplo, caiu 78% entre 2015 e 2004, ano de início do plano de prevenção e controle no bioma. Thelma destacou, ainda, o papel importante que o Brasil tem desempenhado na Cooperação Sul Sul, em projetos como o de apoio à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) no combate ao desmatamento.
A COP 22
Até o próximo dia 18, representantes de mais de 190 países estarão reunidos em Marrakech, na COP 22, para proceder com a regulamentação do Acordo de Paris. O pacto já está em vigor e, agora, é necessário definir detalhes sobre como o mundo terá de atuar para conter o aquecimento global. O objetivo é estabelecer mudanças no processo produtivo para manter o aumento da temperatura média do planeta bem abaixo dos 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, com esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC.