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Curso traz novo olhar para a Caatinga
MARTA MORAES
Até o dia 27 de julho, 25 produtores rurais e técnicos de assistência e extensão rural estão fazendo, em Canindé de São Francisco (SE), uma imersão no tema manejo florestal da Caatinga. O curso, iniciado em 14 de julho, é uma ação do projeto Manejo Sustentável da Terra do Semiárido do Nordeste brasileiro (Sergipe), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente.
O objetivo do projeto é fortalecer a estrutura de governança ambiental no tema, para combater os principais fatores da degradação de terras em Sergipe e no nordeste do Brasil. Numa segunda fase, deverá ser replicado nos 11 Estados mais suscetíveis à desertificação que compõem o semiárido brasileiro.
ALTERNATIVAS
O curso é realizado pela Fundação Araripe, com o apoio da Universidade de Campina Grande e do governo de Sergipe. Amanda Feitosa, coordenadora técnica da fundação, explica que um dos intuitos é estimular nos produtores um novo olhar para a Caatinga. “Queremos mostrar que não existe só a madeira. Temos espécies nativas muito valorizadas, como o umbu, o licuri e o maracujá da Caatinga”, conta.
Com vídeos, amostras de artesanato de fibra de caruá e de produtos comestíveis já comercializados (como geleia, biscoito, farinha) e intercâmbios, a organização do curso espera mostrar a força dessas espécies.
PROGRAMAÇÃO
A programação inclui palestras e debates sobre inventário florestal; aspectos legais do manejo; o potencial forrageiro da Caatinga; e alternativas em produtos não madeireiros no bioma.
Além disso, durante a capacitação serão realizadas aulas práticas no assentamento Valmir Mota (que fica a 6 km de Canindé). Entre essas atividades em campo, estão geoprocessamento e elaboração de mapas; manejo agrossilvipastoril; inventário florestal e cubagem (prática de cálculo da amostragem demadeira por metro cúbico).
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