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MMA analisa pesquisa sobre agenda climática
LUCAS TOLENTINO
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) analisará pesquisa com ações que podem atribuir valor financeiro à redução de emissões de gases de efeito estufa. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, reuniu-se nesta terça-feira (12/07), em Brasília, com representantes do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) para discutir o levantamento feito pela entidade e as medidas capazes de promover a economia de baixo carbono no país.
No encontro, foi abordado o reconhecimento econômico de ações para o alcance da meta brasileira dentro do Acordo de Paris – pacto de mais de 190 países para frear a mudança do clima. Para isso, o IPAM apresentou ao MMA os resultados de estudo que avalia os custos do compromisso brasileiro de redução de emissões. “Buscamos os melhores caminhos para cumprirmos a meta e a Amazônia precisa ser valorizada nesse processo”, afirmou Sarney Filho.
ESFORÇOS
Líder mundial nessa questão, o Brasil já desenvolve diversas ações no contexto da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), instituída em 2009 pela Lei nº 12.187. “Vamos analisar de que forma (o estudo) pode, realmente, gerar valor para as ações de corte de emissões”, acrescentou o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Everton Lucero.
Os responsáveis pelo estudo defenderam mecanismos para mensurar os esforços brasileiros na agenda climática. “O Brasil está entre os países que mais contribuem nessa agenda”, reconheceu o pesquisador do IPAM, Paulo Moutinho. “É importante medir o esforço brasileiro e ver como traduzir isso por meio de um balanço entre custos e ganhos.”
O ACORDO
O Acordo de Paris foi concluído em dezembro de 2015 na 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). Até agora, o Brasil e mais de 170 países já assinaram a confirmação de participação no protocolo. Cada um definiu sua meta específica para a redução de emissões de gases de efeito estufa. O compromisso brasileiro é cortar as emissões em 37% até 2025, com o indicativo de redução de 43% até 2030 – ambos em comparação aos níveis de 2005.
Para que comece a vigorar, é necessária a ratificação nacional de pelo menos 55 países responsáveis por 55% das emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, essa ratificação ocorrerá pelo Poder Legislativo. Entre outras medidas, o Acordo de Paris busca limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais e empreender esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227