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Sistema mostra vulnerabilidade à degradação
MARTA MORAES
Durante a entrega dos certificados do programa Dryland Champions, promovido pela Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês), com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, foi apresentado o Sistema de Alerta Precoce de Seca e Desertificação (SAP). O evento foi realizado pelo MMA, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), nesta sexta-feira (17/06), Dia Mundial de Combate à Desertificação. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a conscientização sobre o tema.
O SAP é uma ferramenta que integra dados de sensoriamento remoto e previsões do tempo, para permitir uma avaliação contínua das áreas mais suscetíveis, melhorar a compreensão dos efeitos combinados da seca e desertificação. Cenários indicam que a região semiárida do Brasil é muito vulnerável à variabilidade climática e, particularmente, aos seus extremos. Mudanças no uso e cobertura da terra na região foram aceleradas nas últimas décadas devido a fatores climáticos e atividades humanas.
O projeto foi desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e é realizado em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
VULNERABILIDADE
Javier Tomasella, do Inpe, destacou que, com o SAP, o governo federal passará a ter informações fidedignas que serão capazes de prever períodos de seca no semiárido brasileiro. “Dessa forma, será possível identificar exatamente os cenários atuais de vulnerabilidade resultantes do uso da terra, com ênfase nas questões da desertificação. Além disso, o sistema pode traçar situações futuras em decorrência das mudanças climáticas”.
Para a disponibilização do sistema, foram desenvolvidos estudos de geoprocessamento, que incluem levantamento, análise e consolidação das informações georreferenciadas sobre desertificação, degradação da terra e aridez. O sistema, além de avaliar e monitorar a degradação do solo, também disseminará informações e orientará melhor a definição e a implantação de políticas públicas.
Ao final do evento, foram lançadas publicações da Codevasf sobre o semiárido e realizada uma exposição de fotos da Caatinga.
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