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Curso ensina técnicas de manejo do solo
MARTA MORAES
O semiárido conta com mais um grupo de multiplicadores das boas práticas e do manejo sustentável de terras para a segurança hídrica, alimentar e energética. São agricultores familiares de Exu e Ouricuri, municípios pernambucanos localizados a cerca de 620 quilômetros da capital.
Por quase uma semana, de 13 a18 de maio, eles participaram do curso Manejo e Conservação do Solo, realizado com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A iniciativa tem por objetivo dar maior visibilidade para a riqueza e a fragilidade dos solos.
Durante o curso foram discutidas questões técnicas relacionadas ao uso e à conservação dos solos no semiárido brasileiro, bem como demonstradas boas práticas para sua utilização de forma sustentável.
O evento é uma promoção da Fundação Araripe e da ONG Caatinga, e também contou com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Foram abordados os seguintes temas: manejo do clinômetro rústico e da mira de alvo, curvas de nível, metodologia e implantação de barragens sucessivas de pedras secas, noções de conservação do solo e recuperação de ambientes degradados.
ESPECIALISTAS
O curso foi ministrado pelos professores e especialistas no assunto Geraldo Barreto, Osani Gogoy e Fernando Souza. Barreto e Godoy, inclusive, são autores do livro “Caminhos para a Agricultura Sustentável, Princípios conservacionistas para o pequeno produtor rural”. A publicação técnica, cujo lançamento foi apoiado pelo MMA, é um verdadeiro manual sobre boas práticas na agricultura familiar, abordando o uso da água, a preservação da cobertura vegetal, a conservação e recuperação do solo, em edição ilustrada e com linguagem acessível.
Um dos principais problemas enfrentados na região semiárida é a degradação dos solos, que resulta na deterioração da cobertura vegetal, da fertilidade dos solos e também dos recursos hídricos. Com a perda da fertilidade as populações que vivem na região perdem a capacidade de se sustentarem por meio de atividades agrícolas e de pastoreio. A desertificação representa grave problema com repercussões social, econômica e ambiental, que necessita de boas práticas para interromper e reverter o processo.
DESERTIFCAÇÃO
Cerca de 75% das terras do semiárido brasileiro se constituem em áreas suscetíveis à desertificação. Ações de capacitação em manejo e conservação dos solos como este curso contribuem para a adoção de boas práticas.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Rural e de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, o curso tem a proposta de compartilhar um conjunto de conhecimentos práticos para a conservação dos solos, com o uso de tecnologias sociais de baixo custo que permitem a um agricultor, a um técnico agrícola, trabalhar os conceitos de conservação e aplicá-los em sua propriedade, de forma simples.
Edição: Alethea Muniz
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1221