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Especialistas discutem sistemas de refrigeração
Por: Marta Moraes* - Edição: Alethea Muniz
Discutir as alternativas mais modernas disponíveis no mercado para substituição do gás HCFC-22, que possui grande potencial de destruição da camada de ozônio nos sistemas de refrigeração central de edifícios, é a principal proposta do “II Seminário sobre Sistemas de Águas Geladas – Chillers”, que teve início nessa quarta-feira (30/3) em Fortaleza (CE) e termina na próxima sexta-feira, 1º de abril. O evento é uma promoção do Projeto Demonstrativo de Gerenciamento de Chillers, desenvolvido em parceria pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do Protocolo de Montreal.
Além disso, outro objetivo do seminário é apresentar o resultado do processo de retrocomissionamento (análise do projeto executivo, da instalação e das condições de ajustes e de operação atuais de um prédio já existente) de dois edifícios privados (de São Paulo) para melhorar a eficiência energética dos prédios. “Por se tratar de equipamentos antigos, esses aparelhos se encontram em defasagem em relação aos índices de eficiência energética adotados atualmente, o que resulta em um alto consumo de energia para seus proprietários”, explica a oficial de programa do PNUD e gerente do Protocolo de Montreal no Brasil, Marina Ribeiro, presente no seminário.
Segundo Frank Amorim, analista ambiental do MMA, quando este projeto foi concebido, o objetivo era apoiar o retrofit (introdução de nova tecnologia em antigos equipamentos) em edifícios, para eliminar o uso de CFC em Chillers. “Hoje, percebemos a necessidade de aumentar o foco para toda a instalação de ar condicionado, para buscar a eficiência energética e o conforto do usuário”, destacou Amorim.
Roberto Peixoto, do Instituto Mauá de Tecnologia, explicou, em sua palestra, que a questão dos equipamentos refrigerantes está diretamente relacionada à questão de eficiência energética e à proteção do clima. Essa conexão amplia a responsabilidade do Protocolo de Montreal de não apenas eliminar substâncias destruidoras do ozônio, mas também atuar sobre gases de alto índice de aquecimento global (GWP). “O Protocolo de Montreal é, de longe, a maior ação da humanidade que já cooperou para a redução do efeito estufa, pois ele também atua nas questões de mudanças climáticas”, afirmou Peixoto.
PROTOCOLO
O especialista enfatizou a importância dos países em desenvolvimento para o êxito no cumprimento das metas do Protocolo de Montreal: “Devido ao crescimento populacional, o aumento da urbanização e outras razões, os países em desenvolvimento apresentam um aumento significativo do setor de ar condicionado e refrigeração e, por isso, precisamos trabalhar juntamente com esses países”, concluiu ele.
O seminário integra as atividades brasileiras destinadas à proteção da camada de ozônio no âmbito das ações do Protocolo de Montreal, um tratado internacional que determina a redução de substâncias que destroem a camada de ozônio. O debate desse tratado surgiu durante a Convenção de Viena de 1985, mas foi criado, de fato, em 16 de setembro de 1987, em Montreal, no Canadá, e, hoje, é seguido por 197 países.
Este é o segundo de uma sequência de três seminários. O próximo, e último, será realizado em São Paulo nos dias 27 e 28 de abril, com a participação de especialistas nacionais e internacionais do setor para dar continuidade à disseminação de informações sobre tecnologias disponíveis no mercado para Chillers e sobre boas práticas e manutenção dos equipamentos operantes em prédios públicos e privados.
* Com informações do PNUD.
Saiba mais sobre o Protocolo de Montreal
Programa brasileiro de eliminacao dos HCFCS
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