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Brasil adere à ‘coalizão de grande ambição’
Por: Lucas Tolentino, enviado especial a Paris - Editor: Marco Moreira
O Brasil entrou para a ‘coalizão de alta ambição’, que busca compromissos mais ousados para conter o aumento da temperatura do planeta. Ao lado de potências como os Estados Unidos e a União Europeia, o País aderiu ao grupo que tenta aumentar a firmeza do acordo em pauta na 21ª Conferência das Partes (COP 21). A Cúpula ocorre até este fim de semana, em Paris, e tem o objetivo de selar um pacto capaz de frear o aquecimento global.
A adesão do Brasil ao grupo representa novo suspiro para o Acordo de Paris. Conhecido mundialmente pela eficiência na resolução de embates diplomáticos, o País foi aplaudido na COP 21 quando os integrantes da coalizão fizeram o anúncio. “Esse é um grupo político que tem o papel de diálogo entre aqueles que buscam a ambição”, explicou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, chefe da delegação brasileira. “Acreditamos na em transparência.”
CIÊNCIA
A decisão foi alinhavada em reunião de Izabella Teixeira com o ministro de Relações Exteriores das Ilhas Marshall, Tony de Brum. Na questão climática, o País se junta a outras nações insulares como Tuvalu, ambas preocupadas com um possível desaparecimento caso o nível dos oceanos aumente em função do aquecimento global. Também fazem parte da coalizão de alta ambição latinoamericanos em desenvolvimento como México e Colômbia.
O grupo defende, entre outros temas, a relevância de dados técnicos para embasar medidas governamentais relacionadas às mudanças do clima. Para Tony de Brum, a ciência tem de estar traduzida no pacto que 195 países tentam firmar na COP 21. “Não estamos nesta Conferência para chegar a um acordo mínimo”, afirmou o chanceler das Ilhas Marshall. “O texto tem de promover a descarbonização das economias.”
CONSENSO
Signatários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), os 195 países estão reunidos em Paris com o intuito de encontrar um consenso sobre o que podem fazer para evitar o aquecimento global. Às vésperas do fim das negociações, previstas para terminarem neste fim de semana, as nações fazem análises do texto atual do acordo, que congrega metas de corte de emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo.
A previsão é que o Acordo de Paris comece a valer em 2020. A partir daí, os países que assinarem o protocolo terão de colocar em práticas as ações prometidas para cortar emissões. A meta apresentada pelo Brasil é reduzir 37% das emissões até 2025 e 43%, até 2030 – ambas em comparação aos níveis de 2005. Para isso, o País fará, entre outras coisas, o reflorestamento de 12 milhões de hectares e investirá nas fontes renováveis de energia.
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