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MMA libera recursos para preservação de sementes tradicionais em assentamentos
Ministério do Meio Ambiente começa a liberar este mês, por meio do fundo Nacional do Meio Ambiente, R$ 2,5 milhões destinados a implementação de 10 centros para a capacitação de técnicos e lideranças de asssentamentos de reforma agrária. A criação dos Centros Irradiadores de Manejo da Agrobiodiversidade (Cima) é uma parceria do Ministério do Meio Ambiente e do Incra para estimular famílias assentadas a praticar atividades agrícolas sustentáveis.
O objetivo dos Cimas é preservar as variedades de sementes crioulas, espécies tradicionais de milho feijão e mandioca, cultivadas por agricultores familiares, comunidades indígenas e quilombolas. De acordo com os técnicos, as espécies crioulas têm grande variabilidade genética e são melhoradas pelas comunidades e adaptadas às suas condições socioculturais e ambientais. A adaptação das sementes ao clima local garante maior produtividade. Os centros também vão incentivar a produção de plantas para uso medicinal, a criação de animais domésticos e práticas de agroextrativismo."Com essas práticas, além de preservar a biodiversidade estaremos garantindo a independência dos agricultores, que poderão produzir suas próximas sementes", diz Luiz Carlos Balcewicz, da Diretoria de Conservação da Biodiversidade do MMA.
A previsão é capacitar 350 técnicos e lideranças para atender, num primeiro momento, 5,5 mil famílias nos assentamentos. Os primeiros centros serão implementados em São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Maranhão, Alagoas e Goiás. A previsão é instalar 20 Centros Irradiadores em todas as regiões do país até 2006.