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MMA estuda criação de rede de informações sobre a Caatinga
Gerusa Barbosa
O Ministério do Meio Ambiente estuda a criação de uma rede de informações sobre a Caatinga com atualização periódica de dados. O sistema servirá de base para coordenar o desenvolvimento de projetos de zoneamento ecológico-econômico no bioma. O Programa Zoneamento Ecológico- Econômico, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do MMA, desenvolveu em parceria com o Conselho da Reserva da Biosfera da Caatinga, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco e Consórcio ZEE Brasil, um Banco de Dados Georreferenciado do Bioma Caatinga, sistematizando informações dispersas entre várias instituições.
O banco de dados foi lançado há um ano, durante as comemorações do Dia Nacional da Caatinga (28 de abril), com o objetivo de ampliar a área preservada e fomentar a recuperação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais do bioma. Conta com cerca de 55 CDs Rom, contendo informações físico-bióticas e socioeconômicas sobre os 1.280 municípios localizados na Caatinga. Foi desenvolvido em Spring e pode ser visualizado através do Programa Terraview 3.0, softwares de domínio público e distribuição gratuita desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
O banco de dados completo possui cerca de 350 planos de informação que incluem mapas diversos, imagens de satélite e 10 tabelas contendo aproximadamente 600 variáveis socioeconômicas. O sistema de consulta faz parte do documento final do projeto Cenários para o Bioma Caatinga, que será apresentado amanhã à comunidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. Todo o material está sendo disponibilizado às instituições públicas regionais, órgãos estaduais de meio ambiente, prefeituras municipais mediante assinatura de termo de cessão de uso. Também está sendo oferecida capacitação a usuários multiplicadores a fim de ampliar o número de parceiros.
Hoje, também em Juazeiro do Norte, será instalado o Grupo de Trabalho da Caatinga, que fará amanhã a primeira reunião para apresentar propostas para o bioma. Uma das discussões será a definição da área prioritária para criação de unidades de conservação.