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Ministério definirá agenda para desenvolver turismo
No dia 9 de agosto, os ministérios do Meio Ambiente e do Turismo assinam uma agenda bilateral para trabalhar não só com o ecoturismo, mas também com inserção da dimensão ambiental numa estratégia de turismo sustentável para o país. O anúncio foi feito hoje pelo secretário-executivo do MMA, Claudio Langone, durante a apresentação do painel sobre A Inserção da Variável Ambiental nas Políticas de Infra-Estrutura, no seminário sobre licenciamento ambiental, em São Paulo. Segundo Langone, o volume de investimentos em grandes empreendimentos turísticos na costa do Nordeste é muito grande. Em função disso, o ministério vai coordenar o desenvolvimento do Zoneamento Econômico-Ecológico da costa nordestina com foco em carcinicultura e empreendimentos turísticos com o envolvimento das comunidades nos projetos.
De acordo com Langone, o Ministério do Meio Ambiente decidiu tomar a iniciativa de propor de maneira progressiva, dentro do governo, a construção de agendas bilaterais para a discussão da questão ambiental. Essa relação com os outros ministérios estabelece o planejamento da política setorial a médio e longo prazo e define os interlocutores. As agendas já estão sendo desenvolvidas com os ministérios de Minas e Energia, nos setores elétrico e de petróleo, dos Transportes, da Integração e do Desenvolvimento Agrário. Essa semana, o ministério começou a trabalhar com uma agenda específica para o saneamento, já prevendo os investimentos que serão liberados pelo Governo para o setor.
O secretário-executivo anunciou, ainda, a instalação de um grupo de trabalho com o Ministério da Fazenda, para pensar o aperfeiçoamento do Protocolo Verde e as políticas fiscais aplicadas no desenvolvimento da sustentabilidade do país, e a assinatura, em breve, de um acordo com o Ministério do Planejamento para a inserção da dimensão ambiental no Plano Plurianual.
Ainda este ano, o ministério começa a trabalhar no desenvolvimento de ações com os setores produtivos. "Com o avanço do agribusiness no Brasil, nós não podemos pensar numa estratégia de licenciamento do setor rural como se fosse licenciar indústria. Nós temos que pensar na inserção da dimensão ambiental já nos financiamentos para transformar o que hoje são conflitos ambientais em potencialidade de desenvolvimento. Pensar em licenciamento por bacia hidrográfica, microbacia, envolvendo nas cadeias de integração a indústria e os produtores.