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Minas Gerais ganha reserva biológica com 50 mil hectares
Brasília (DF) ? Nesta quinta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente, o presidente da República assinou decretos criando e ampliando unidades de conservação, em Minas Gerais, no Ceará e no Rio Grande do Sul, respectivamente.
Em Minas, foi criada a Reserva Biológica da Mata Escura, com mais de 50 mil hectares de área. A Unidade de Conservação está localizada nos municípios de Jequitinhonha e de Almenara, na margem esquerda do Rio Jequitinhonha, e terá a finalidade de proteger e preservar integralmente o ambiente natural, sem interferência humana direta ou alterações ambientais.
A reserva apresenta os últimos remanescentes de Mata Atlântica do nordeste mineiro. Com alta incidência de mamíferos raros, inclusive de espécies ameaçadas de extinção, a Mata Escura poderá garantir a sobrevivência de animais como o macaco-prego-do-peito-amarelo, a onça-pintada e a onça-parda, além de aves como o gavião-pega-macaco, o gavião-de-penacho, o gavião-pombo-grande, o macuco, o tropeiro-da-serra e a tiriba-de-orelha-branca.
No Ceará, foi criada a Reserva Extrativista do Batoque, em Aquiraz, na região litorânea, com cerca de 600 hectares. A área irá garantir o uso sustentável dos recursos naturais para as comunidades pesqueiras e de pequenos comerciantes que dali retiram seu sustento.
E no Rio Grande do Sul, a Estação Ecológica do Taim, localizada nos Municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, terá sua área praticamente triplicada, passando de aproximadamente 30 mil hectares para quase 100 mil hectares. A região é considerada de importância internacional para a preservação de aves e para a conservação de invertebrados, anfíbios, répteis e mamíferos e para o desenvolvimento de ações de conservação. Entre as espécies ameaçadas ocorrentes na região do Taim, incluem-se a lontra, os gatos do-mato-pequeno e grande, a jaguatirica, o jacaré-do-papo-amarelo e a tartaruga tigre d?água. Existem ainda pelo menos dez espécies de cetáceos que ocorrem na costa marítima do Taim, além da presença de lobos e leões marinhos que habitualmente são encontrados nesta região.
A Estação Ecológica e as espécies que ali vivem sofrem com ações humanas, com a fragmentação dos ambientes, com a introdução de espécies exóticas, como o plantio de pinus e de eucalipto, e ainda com o uso indiscriminado de agrotóxicos e drenagem dos banhados naturais. Quando foi criada, da unidade de conservação foram excluídas áreas consideradas fundamentais para a manutenção do equilíbrio natural. Logo, a ampliação da Estação Ecológica, considerada uma das mais ricas em aves aquáticas na América do Sul, é fundamental para a preservação das espécies ameaçadas e migratórias.
Os custos referentes à implantação e regularização fundiária das unidades de conservação serão subsidiados pelo Ibama.