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Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário integram programas
Brasília (DF) ? A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, se reuniram hoje (18/07) para tratar da integração de dois programas dos ministérios, o Proambiente, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e o Assentamentos Florestais, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
A idéia é permitir aos assentados acesso a informações, crédito e tecnologias que permitam conciliar geração de renda e preservação da floresta. A ministra Marina Silva, explicou que o MMA e o MDA têm um diálogo muito forte e uma grande proximidade de ações. "Nós queremos que os dois programas já comecem com qualidade ambiental. Estamos dando conseqüência às diretrizes do governo de ter uma política transversal", informou.
Segundo Rosseto, está sendo construída uma agenda de futuro que ofereça uma estratégia de desenvolvimento econômico e social aliada à preservação ambiental na Amazônia. O ministro afirmou que está sendo feito um trabalho em conjunto no Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, envolvendo governos estaduais e movimentos sociais, para elaborar uma estratégia de desenvolvimento sustentável para a região.
Os ministros discutiram, ainda, questões relativas ao ordenamento territorial no âmbito do Programa de Desenvolvimento Sustentável para a Amazônia, inclusão social, infraestrutura, claro que tudo isso adaptado à questão da agricultura familiar.
Proambiente - Formulado ao longo dos últimos três anos por entidades de trabalhadores familiares da Amazônia Legal, o Proambiente é uma proposta de política pública que visa à construção de alternativas de produção que conservem o meio ambiente e melhorem as condições de renda e a qualidade de vida das famílias. A proposta inova a concepção de produção rural, valorizando o caráter multifuncional da produção agrícola, adaptando-a às condições sociais e ecológicas da Amazônia.
O Programa incentiva o uso sustentável dos recursos naturais, priorizando o emprego de sistemas produtivos que incorporem tecnologias mitigadoras de impactos ambientais, como a eliminação de queimadas e do uso intensivo de agrotóxicos nos cultivos e a adoção de sistemas agroflorestais em áreas já desmatadas.
O ministro do Desenvolvimento Agrário explicou que os novos assentamentos na Amazônia irão adotar o conceito de desenvolvimento agroecológico, permitindo aos assentados desenvolverem atividades que contribuam para a preservação da floresta. "Antigamente os assentados eram estimulados a cortar a floresta. Iremos dar a eles instrumentos para desenvolverem suas atividades deixando a floresta em pé", afirmou Rosseto.