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Marina Silva recebe Resoluções da II Conferência Nacional de Meio Ambiente
Marluza Mattos
As resoluções da II Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), de dezembro de 2005, foram entregues no início da tarde deste sábado (25) à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Elas definem diretrizes para a política ambiental. Aproximadamente 62% das resoluções tomadas na I Conferência, em 2003, já estão em processo de implantação, segundo Marina Silva. "Essa é uma demonstração de que é possível pensar o meio ambiente de forma horizontal, com a participação de todos", afirmou.
Há três anos, 60 mil pessoas participaram da CNMA. No ano passado, foram 86 mil pessoas. Já a última conferência infanto-juvenil contou com a participação de 20 milhões de jovens e adolescentes. O coordenador da CNMA, Pedro Ivo Batista, explica que esse é um instrumento importante para integrar os diferentes setores da sociedade nas políticas de meio ambiente.
Uma das determinações de 2003 estabelecia que o sistema de unidades de conservação (UCs) deveria ser ampliado. Nos últimos três anos, o governo aumentou em 15 milhões de hectares a área de UCs no país. O documento elaborado em dezembro especificou que o Brasil deveria identificar as cargas com organismos geneticamente modificados. Durante a 3ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena (MOP-3), em Curitiba, o país defendeu a rotulagem das cargas de produtos transgênicos, com um período de transição de quatro anos para os produtores, que ainda não fazem a segregação dos grãos, poderem se adaptar a medida.
A ministra recebeu o documento durante a abertura da Feira de Produtos do Desenvolvimento Sustentável. Além do coordenador da conferência, participaram do evento o presidente do Ibama, Marcus Barros, e a atriz Letícia Sabatela, que apóia a iniciativa.