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Marina Silva defende transversalidade no PPA
São Paulo (SP) - A ministra Marina Silva afirmou hoje (15/07), em São Paulo, na abertura da 19ª audiência pública sobre o novo Plano Plurianual (PPA), que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de discutir o Orçamento nos estados, reforça a participação da sociedade na elaboração das políticas de governo. Além da ministra, que representou o presidente da República, participaram do evento o governador Geraldo Alckmin, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, e a prefeita Marta Suplicy.
A ministra afirmou que o PPA não pode ser uma peça perdida no tempo, devendo sofrer avaliação e reavaliação contínua. Segundo ela, uma das principais contribuições do Ministério do Meio Ambiente para o novo PPA é a idéia de transversalidade, com a inserção da variável ambiental no documento. "Esta é uma sinalização clara de que o governo precisa ser sustentável", afirmou.
Marina Silva considera importante a incorporação das experiências positivas do PPA 2000-2003, elaborado no governo anterior e fez uma crítica sobre o que não deve ser aproveitado no PPA 2004-2007, a ser encaminhado para apreciação do Congresso Nacional até o próximo dia 29 de agosto.
Entre as questões negativas do PPA em vigor, apontou a pouca visão do plano regional e a pequena dimensão da variável ambiental. "É sempre bom olhar para o que foi o PPA para colher avanços, mas devemos também olhar de forma crítica para evitar enganos", disse a ministra.
Marina Silva informou que o governo já está antecipando a questão da transversalidade em algumas ações, como a criação do Amazônia Sustentável, um plano de desenvolvimento integrado para a região coordenado pelo Ministério da Integração Nacional.
Após o evento, ministra se encontrou com o governador Geraldo Alckmin para tratar da criação do Sistema Nacional de Emergências Ambientais. A ministra convidou o governador para participar do Seminário Brasília, que irá discutir o assunto. Marina Silva pediu, ainda, apoio do governador para a realização das reuniões preparatórias estaduais para a Conferência Nacional de Meio Ambiente, que será realizada em novembro, em Brasília.