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Marina Silva defende auditoria ambiental em ações de governos
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou hoje, em palestra na Conferência Internacional de Auditoria Ambiental, que a sustentabilidade ética é o grande desafio no relacionamento entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. A ministra disse ainda, que a auditoria ambiental deve ser pensada para verificar se governos e instituições de crédito estão observando a variável ambiental no planejamento das ações e na concessão de créditos para empreendimentos.
O encontro é promovido pelo Tribunal de Contas da União, e tem a presença de representantes de Entidades Fiscalizadoras Superiores (Efs), presidentes de tribunais de contas de 55 países.
A ministra destacou que o desenvolvimento é necessário para a redução da pobreza, especialmente no Brasil, onde há mais de 53 milhões de pobres, mas que o desenvolvimento sustentável é melhor caminho para a manutenção da vida no planeta. Ela lembrou que a tarefa não é apenas do governo, mas de toda sociedade. "As empresas têm que refletir sobre como se colocar em frente aos novos padrões de produção e consumo", afirmou.
Marina Silva explicou que o governo brasileiro trabalha na perspectiva de que a política ambiental seja integrada às demais ações do governo. Ela citou como exemplo a questão do desmatamento na Amazônia, em que as ações de combate estão sendo realizadas por 13 ministérios. Um outro exemplo é o da agenda ambiental do setor elétrico.
O objetivo é garantir que novos empreendimentos levem em conta a variável ambiental desde o início do planejamento, evitando investimentos desnecessários. "Não fazer as coisas de forma correta custa muito caro. No Brasil já custou 93% da Mata Atlântica e 16% da Amazônia", disse a ministra.