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Ibama quer ouvir comunidade para reconstruir obras na Estrada do Colono
"A hora é de cicatrizar as feridas", afirmou o presidente do Ibama, Marcus Barros, hoje à tarde, quando embarcava de volta para Brasília, ao comentar ação que o órgão adotará com relação aos danos ambientais e materiais ocorridos durante a tentativa de reabertura da Estrada do Colono, no Parque Nacional do Iguaçu. Ele chegou à cidade na noite de segunda-feira, para acompanhar de perto a invasão ocorrida no local.
Barros reuniu-se com a diretora de Ecossistemas do Ibama, Cecília Ferraz, o diretor de Áreas Protegidas do MMA, Maurício Mercadante, o gerente do Ibama Paraná, Marino Gonçalves, o chefe do Parque, Jorge Luiz Pegoraro e demais assessores, durante toda a manhã de hoje, na sede do Parque Nacional, quando estabeleceu que o Ibama deverá ouvir as comunidades sobre a reconstrução das áreas destruídas durante a ocupação. Ele entende que existe a necessidade de um trabalho em parceria entre o órgão e os municípios vizinhos ao parque, para possibilitar ações que busquem o desenvolvimento sustentável da região.
Para o presidente do Ibama, além do posto de fiscalização, obrigatório para manter a integridade do Parque, é possível conversar com as comunidades e se for de interesse público, analisar a possibilidade de se construir outros equipamentos como escolas parques ou creches, por exemplo. "O importante é fazer o que venha a se constituir em benefício para as populações dos municípios lindeiros ao parque, sem prejuízo da sustentabilidade".
Convênio com a Itaipu No final da tarde de ontem (08/10) Marcus Barros visitou o presidente da Itaipu Bi-nacional, Jorge Samek, para consolidar a parceria entre as duas instituições, no que diz respeito ao convênio firmado no ano de 2000, em busca do desenvolvimento sustentável do Parque Nacional do Iguaçu e das comunidades em seu entorno.
Durante a reunião, que contou com a participação do diretor de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Mercadante, foi acertado que a parceria entre Itaipu e Ibama será ampliada.
Ficou estabelecido que o atual Acordo de Cooperação para implementação do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná será renovado com ampliações, visando a implementação do Mosaico de Áreas Protegidas do Alto Rio Paraná.
O Mosaico engloba 23 áreas naturais protegidas, 12 das quais de responsabilidade da Itaipu e quatro do Ibama. Entre estas, os Parques Nacionais do Iguaçu e de Ilha Grande; a Área de Proteção Ambiental (APA) das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná e a Estação Ecológica do Mico Leão Preto, além de áreas sob proteção dos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e de diversos municípios nestes estados.
Foi determinado também que o Ministério do Meio Ambiente contará com o apoio da Itaipu e do Ibama para a propositura de inclusão dessas áreas junto à Unesco, na lista de Área Ramsar Convenção para a Proteção de Áreas Úmidas de Importância Internacional.
A Itaipu Bi-nacional comprometeu-se, ainda, a continuar colaborando com o programa de regularização fundiária do Parque Nacional da Ilha Grande, no Paraná, divisa com Mato Grosso do Sul.
No aspecto jurídico foi determinado que as duas partes manterão constante contado visando aperfeiçoar os mecanismos de Direito Ambiental e buscarão organizar um Encontro Técnico, com a participação da Procuradoria Geral da República.